Recebido com festa em Navegantes, em dezembro, e comemorado pelo trade turístico, o voo que liga o aeroporto Ministro Victor Konder a Foz do Iguaçu não resistirá ao fim da temporada de verão. A companhia aérea Azul confirmou que a operação continuará sendo sazonal, ou seja, não entrará na grade fixa do terminal.
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A empresa também divulgou, esta semana, que deixará de operar o voo Navegantes – Buenos Aires a partir do dia 3 de maio.
A perda de rotas ocorre num momento em que o aeroporto comemora recordes de movimentação, com quase 2 milhões de passageiros em 2018. O que leva a entender que o problema não está na demanda de passageiros.
No trade turístico, comenta-se que o caso da Azul em Navegantes é a “ponta do iceberg” de um problema que pode vir a atingir a oferta de voos em todo o Estado: o aumento no valor de ICMS cobrado sobre o querosene de aviação.
Voos internacionais não pagam a alíquota. Mas a manutenção deles está ligada a questões logísticas e econômicas que envolvem as conexões nacionais.
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A partir de abril, o setor de aviação com pequenas aeronaves, de até 120 lugares, que hoje paga 3% de ICMS sobre o combustível, passará a pagar 17% _ o mesmo imposto cobrado de aeronaves maiores. O voo Navegantes – Foz do Iguaçu, por exemplo, utiliza esse tipo de avião.
A perda do incentivo chega num momento em que o setor vinha cobrando do Estado uma redução do imposto sobre o querosene de aviação para todos os modelos de aeronaves. O governador de São Paulo, João Dória, anunciou esta semana a redução do ICMS para o combustível de aviação de 25% para 12%, para fomentar o turismo. O governador do Paraná, Ratinho Junior, também anunciou que vai baixar a alíquota de 18% para 12%.
A Secretaria de Estado da Fazenda informou, no início do mês, que continua discutindo um projeto catarinense de aviação regional _ que poderia, em tese, propor redução do imposto. A julgar pelas últimas notícias, não parece que esteja dando resultado.