O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, publicou um vídeo nas redes sociais em que ataca o governo dos estados de Santa Catarina e Pernambuco pelas medidas de contenção do coronavírus, que incluem a suspensão dos cultos religiosos. “Gostaria de avisar aos governadores e a qualquer prefeito onde tenho igreja, que se os senhores quiserem fechar as igrejas onde sou pastor, tratem de ir à Justiça”, afirmou.

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Em Santa Catarina, o decreto, publicado pelo governador Carlos Moisés (PSL) na última segunda-feira (17), proíbe por 30 dias eventos e reuniões públicas e privadas de qualquer natureza, como excursões, cursos, missas e cultos religiosos. A medida atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para contenção da pandemia de coronavírus, e foi replicada em diversos países em todo o mundo.

No vídeo, Malafaia cita o papa Francisco, que na semana passada determinou a reabertura das pequenas paróquias de bairro em Roma. As basílicas e catedrais, no entanto, seguem fechadas. O papa fará transmissão ao vivo das missas da Semana Santa, sem a presença dos fiéis. “Igreja nessa hora é agência de saúde emocional, tão importante quanto os hospitais. Até o papa falou que o pastor tem que ir pra perto e as igrejas em Roma abriram. É terapêutico”, disse Malafaia.

O pastor termina o vídeo comparando a desobediência civil em relação aos decretos de contenção da pandemia aos mártires cristãos. “Que vergonha, pastor assustado e com medo. Temos que profetizar contra essa praga”.

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A proibição dos cultos religiosos e de outras aglomerações é uma forma de conter a transmissão do coronavírus. A estimativa da OMS é que cada pessoa infectada – mesmo que não tenha sintomas – transmite o vírus para outras 2,5 pessoas. Por isso o isolamento social é reconhecido como a maneira mais eficaz, no momento, de retrair a pandemia.

A preocupação nos estados é justificada: uma contaminação em massa pode sobrecarregar a já deficitária rede de saúde pública e particular.

A fiscalização do cumprimento do decreto do Governo de Santa Catarina é responsabilidade da Polícia Militar. Questionado, na manhã desta quinta-feira (19), o comandante geral, coronel Araújo Gomes, não informou ainda se já foi identificado descumprimento por parte de igrejas.

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