Imagens gravadas pelo marinheiro Rubens Tadeu Fernandes, que atua na equipe de apoio da Marina Tedesco, em Balneário Camboriú, mostram como foi o resgate aos passageiros de uma lancha que bateu contra uma laje de pedras entre as praias de Taquarinhas e Laranjeiras, em Balneário Camboriú, na noite de sábado.
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Rubens, conhecido como Binho, é experiente em resgates como esse. Ele conta que conseguiu aproximar seu barco o suficiente para passageiros e tripulantes saíssem ilesos. Um casal e duas crianças estavam a bordo da embarcação.
– O dono do barco ligou e disse que precisava de ajuda. Quando chegamos, estavam bem apavorados. Mas conseguimos resgatar os quatro, um por um, sem nenhum ferimento.
Binho explica que o local, embora esteja demarcado em cartas náuticas e no GPS de navegação usado pelas embarcações, pode confundir os navegadores à noite. Isto porque, segundo ele, o reflexo das luzes de Balneário Camboriú tornam a laje de pedras um “ponto cego”.
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Anualmente, fazemos dois a três resgates naquela área. A laje está a 150 metros do costão e as pedras ficam fora da água, mas à noite não dá para ver – explica.
Binho também atuou, junto com os bombeiros, no resgate dos passageiros e tripulantes de uma lancha que bateu no mesmo local em fevereiro deste ano.
Questionada pela coluna sobre a sinalização, a Capitania dos Portos de Itajaí reiterou que a região possui carta náutica, em que constam os perigos à navegação. "Desta forma, é leviano fazer qualquer afirmação sobre a necessidade ou não de sinalização náutica adicional no local". A nota informou, no entanto, que eventuais ações que se façam necessárias serão apontadas durante a investigação do acidente. Um inquérito foi instaurado pela Marinha.