O governador Jorginho Mello (PL) foi às redes sociais para se manifestar contrário à proposta da Reforma Tributária que está em tramitação no Congresso (veja vídeo abaixo). A fala ocorre um dia depois de Jorginho ter conversado pessoalmente em Brasília com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e na esteira da saia-justa que envolveu o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, que foi “jogado aos leões” após se posicionar favorável à reforma.
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Reforma tributária é levada a votação nesta quinta na Câmara dos Deputados
Até então, Jorginho ainda não havia se manifestado diretamente sobre o projeto. Mas, nos bastidores, o governo estava otimista com a proposta. Santa Catarina vem discutindo a reforma há semanas, junto com os demais estados do Sul e Sudeste que têm as mesmas ressalvas ao texto original.
O Estado vinha adotando um discurso semelhante ao de São Paulo, com demandas para melhorar a participação no Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que compensará os estados pelo fim da guerra fiscal, e pelo aperfeiçoamento do Conselho que definirá a distribuição dos impostos arrecadados.
Em reunião com Bolsonaro, Tarcísio é hostilizado ao defender reforma tributária
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O tom muda a partir do vídeo publicado pelo governador, em que ele fala que não concorda com a proposta.
– Essa reforma que está aí eu sou contra, porque sou a favor de uma reforma que simplifique, que desamarre. SC não abre mão da sua autonomia. A gente manda 100 reais e recebe10. O que precisa ser feito é a simplificação, porque é um manicômio tributário no Brasil.
Lira ligará para Bolsonaro para “fazer apelo” sobre reforma tributária
O ex-presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra a Reforma Tributária e chegou a pedir ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que orientasse voto contrário ao partido – o que não ocorreu.
Nesta quinta, durante reunião com parlamentares para debater a reforma, Tarcísio Gomes de Freitas, que defendia o texto, foi “fritado” por Bolsonaro, que interrompeu e disse estar “triste” com seu ex-ministro e candidato a herdar o espólio eleitoral do ex-presidente, que foi declarado inelegível pelo TSE. Tarcísio foi vaiado por bolsonaristas que estavam presentes.
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