Um novo boletim de Vigilância Genômica divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde mostra que a variante Delta tomou conta de Santa Catarina. Desde junho, quando foram identificados os primeiros casos, ela rapidamente ultrapassou os casos de variante Gama e se tornou prevalente, como previam os especialistas.

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Isso ocorre porque a Delta tem um mutações que a tornam mais transmissível, um vírus mais “eficaz”. Os testes identificaram duas sublinhagens da Delta circulando em Santa Catarina, a AY.4 e a AY.20.. O boletim explica que o “faz parte da evolução viral e está relacionado à taxa de replicação da doença. Quanto mais o vírus se multiplica, mais rápido é o processo de evolução”. Até agora, essas sublinhagens não demonstraram diferenças em relação aos efeitos da versão original da variante Delta.

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Em amarelo, a variante Gama. Em vermelho, a variante Delta
Em amarelo, a variante Gama. Em vermelho, a variante Delta (Foto: Reprodução)
Em vermelho, prevalência da variante Delta em SC
Em vermelho, prevalência da variante Delta em SC (Foto: Reprodução)

Em diversos países no mundo, o espalhamento da Delta causou um novo repique de casos de Covid -19, com aumento nos índices de internação – o que, até agora, não se verificou em Santa Catarina. O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macario, diz que a explicação está na vacina.

– A variante Delta é altamente transmissível. Mas as vacinas são eficazes em reduzir o número de casos graves e mortes. Como temos uma boa adesão da população em relação a vacinação, a vacina tem feito a sua parte.

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Perguntei a ele sobre o caso dos Estados Unidos, onde o número de mortes voltou a subir.

– Lá existe um grande movimento antivacina que age contra a campanha de vacinação. Os estados americanos nos quais o movimento é mais forte apresentam baixas coberturas vacinais e estão sofrendo mais com o aumento das hospitalizações. Já os Estados com maiores coberturas vacinais, estão conseguindo manter a queda nas internações – avalia.

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O desafio, para Santa Catarina, será atingir os “fujões” da segunda dose – número que ultrapassa 341 mil. A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) avalia que possa haver atraso na inclusão de dados pelos municípios, mas ainda assim o número preocupa e chama atenção.

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Reinfecção

O boletim também informa que o Estado comprovou o sexto caso de reinfecção por Covid-19. Trata-se de um paciente de Chapecó, que se infectou pela primeira vez com a variante Gama, e pela segunda vez com a variante Delta.

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