A valorização acima da média no mercado imobiliário de alto padrão em Santa Catarina tem poupado o setor dos impactos do aumento da taxa Selic, que atingiu 13,75% ao ano e interfere no custo dos financiamentos. Em Balneário Camboriú, que está no topo da lista do metro quadrado mais caro do país, o índice de valorização mantém em alta o interesse dos investidores. Há casos em que os imóveis quase dobraram de preço em menos de um ano.
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Para se ter uma ideia, o Tesouro direto teve um aumento, em média, de 14%. A poupança, de 2,94% no último ano. Já os investimentos em imóveis em cidades com altos índices de valorização, como Balneário Camboriú, podem ultrapassar os 80% de rentabilidade, de acordo com o especialista em investimentos imobiliários Bruno Cassola.
– Na hora de aplicar na caderneta, uma forma mais conservadora de investimento, as pessoas têm o hábito de comparar os juros e estão percebendo como o mercado imobiliário tem oferecido taxas de retorno superiores à renda fixa. Então, cada vez mais, vemos pessoas com perfil de investidor comprando imóveis. Neste sentido, Balneário Camboriú desponta com seus arranha-céus milionários – explica Cassola.
Ele cita como exemplo o edifício New York Apartments, da construtora Embraed. O preço do apartamento de alto padrão, com quatro suítes e 182 m² privativos, passou de R$ 2,9 milhões em outubro de 2021 para R$ 5,5 milhões em agosto de 2022, após a entrega das chaves.
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Balneário Camboriú tve um boom na alta de preços após a conclusão das obras de alargamento da faixa de areia, que beneficiaram especialmente os imóveis à beira-mar. Mas Cassola cita a escassez como outro fator importante para explicar o fenômeno
– A falta de terrenos para construção à beira-mar e quadra mar em Balneário Camboriú, além do recente alargamento da faixa de areia, também são fatores que influenciam na grande valorização. E mesmo com o título de metro quadrado mais valorizado do país, a tendência é que os novos empreendimentos de luxo, com lançamentos ainda este ano, atinjam, facilmente, a ordem dos R$ 72 mil o m² privativo na planta, quase três vezes mais que o preço atual – avalia o especialista.
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