Os índices de vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina têm resultado positivo em conter internações e mortes. Mas a tendência é que, sozinhas, as vacinas não deem conta de evitar uma nova onda de contaminações diante da circulação da variante Delta, que tem causado estragos ao redor do mundo. A observação é do superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.
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Ele demonstra preocupação com o que chama de “clima de fim de pandemia” em SC– o abandono de cuidados essenciais pela população, como o uso de máscaras e a ventilação dos espaços.
– É um momento de muita apreensão. Ao mesmo tempo em que conseguimos avançar na vacinação e nos sentimos esperançosos com a melhoria dos indicadores, estamos sob ameaça da variante Delta. O clima de fim da pandemia tem dificultado muito a fiscalização e a compreensão por parte da população e dos estabelecimentos de que medidas sanitárias precisam continuar sendo seguidas.
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Macário lembra que, no fim de semana, houve interdições de estabelecimentos que estavam descumprindo as regras sanitárias e promovendo aglomerações no Estado. Parte dos municípios também deixou de investir esforços na fiscalização das medidas sanitárias com o arrefecimento da pandemia, o que ajuda a passar uma falsa sensação de segurança.
– As pessoas não têm tido mais cautela em circular sem máscaras, dançar e não respeitar o distanciamento, gerando aglomerações. Os estabelecimentos reclamam que as equipes de fiscalização estão sendo rigorosas demais, e que as regras deveriam ser flexibilizadas. Mas isso pode colocar tudo a perder. Precisamos de cautela. O cenário internacional serve de alerta que apenas a vacinação sozinha não conseguirá reduzir o risco de uma segunda onda pela variante Delta – afirma.
Com variante Delta em SC, não é hora de baixar a guarda
A circulação de pessoas sem máscara, em especial, se tornou mais comum conforme a vacinação acelerou no Estado – o que aponta para um desconhecimento sobre a proteção das vacinas, e sobre a dinâmica de transmissão do vírus. O superintendente diz que é ainda é cedo para prever quando poderemos deixar de lado as máscaras.
– O uso de máscaras, principalmente as de melhor qualidade, é uma medida fundamental para reduzir a transmissão do coronavírus, principalmente da variante Delta, altamente transmissível. Enquanto estivermos em níveis de transmissão elevados, o uso de máscaras deverá ser altamente recomendado – avalia.
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Apesar da necessidade de manterem-se as regras, pelo menos por enquanto, Macário acredita que será possível um fim de ano mais tranquilo em comparação com o de 2020. A expectativa é que a vacinação ultrapasse 75% da população até o Natal e o Réveillon.
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