O ano novo começou com a melhor notícia dos últimos tempos e um sopro de esperança. Afinal, temos vacina. Ou melhor, uma boa parte do mundo tem vacina. Porque, no Brasil, a imunização continua cercada de incertezas.
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Mais de 40 países já aplicaram as primeiras doses, dos europeus aos nossos vizinhos na América do Sul. Alguns países já negociaram vacinas para toda a população – inclusive para os imigrantes ilegais. A ideia é não deixar ninguém para trás.
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O empenho é justificado, porque somente a vacinação do maior número de cidadãos pode nos levar de volta ao que chamamos, um dia, de ‘vida normal’. É a vacina que vai incentivar a retomada das viagens, estimular investimentos e recolocar a economia nos trilhos.
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O Brasil entrou atrasado nessa corrida. Ao invés de ampliar o leque de opções, logo no início, o Ministério da Saúde apostou todas as fichas na produção de uma única vacina – o que, até agora, se mostrou uma estratégia equivocada. A falta de assertividade é disfarçada com afirmações irresponsáveis, que beiram o absurdo.
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Tenta-se impor a narrativa de que as mais de quatro dezenas de nações que já vacinam seus cidadãos atropelaram processos. E que o Brasil está certo em fazer o caminho contrário. Sem argumentos convincentes, o governo coloca dúvidas sobre as vacinas já aprovadas pelos órgãos reguladores na Europa e nos Estados Unidos. O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar que a vacina teuto-americana da Pfizer, que já teve milhões de doses aplicadas ao redor do mundo, poderia transformar pessoas em “jacarés” ou fazer nascer barba nas mulheres. Coisa de república das bananas.
Diante do cenário, é intrigante o silêncio daqueles que protestaram, ao longo do ano que passou, contra as medidas de isolamento social. Se apenas a vacina pode garantir a plena recuperação da economia, onde estão os que ergueram a voz para dizer que o Brasil, ou que Santa Catarina, não podem parar?
Em nome da coerência, os setores mais prejudicados pela crise devem cobrar do governo a vacinação em massa no Brasil, sem inclinação ideológica. O que importa, agora, é vacinar com segurança e o mais rápido possível.
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