O flerte do governador Carlos Moisés com o Podemos, à revelia do grupo do ex-deputado Paulinho Bornhausen, presidente de honra e líder político do partido em SC, provoca algumas sondagens para o caso desse namoro virar casamento. O União Brasil, de Gean Loureiro, vem articulando há meses parceria com o Podemos para as eleições e abriu as portas para receber os dissidentes do partido diante de uma eventual filiação de Moisés.

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Já teria inclusive apresentado convite a Bornhausen, com o compromisso de construir sua candidatura ao Congresso – um movimento que tanto ele quanto Gean negam oficialmente, mas fontes ouvidas pela coluna garantem que está bem amarrado nos bastidores.

Moisés e Fabrício Oliveira conversam fora da agenda em Balneário Camboriú

A situação no Podemos é muito diferente de MDB, Republicanos e Avante, partidos onde a chegada do governador seria menos traumática. Apesar disso, as investidas de Moisés têm sido notórias – e correspondidas. Conforme publicou o jornalista Upiara Boschi, o governador recebeu há poucos dias na Casa D´Agronômica o coordenador político nacional do Podemos, Bruno Ornelas. Foi nesse contexto, buscando neutralizar as dissidências, que Moisés se encontrou discretamente, na última terça-feira (15), com o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, que é o pré-candidato anunciado pelo Podemos para concorrer ao Governo do Estado.

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Teve puxão de orelha no grupo de whats do Podemos após encontro com Moisés

O interesse do governador no partido não é de hoje, mas foi renovado com a candidatura de Sérgio Moro à presidência. Moisés sempre demonstrou apreço pelo ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e chegou a enviá-lo um convite para integrar o governo quando Moro deixou Brasília.

O grupo contrário à filiação do governador tenta convencer a executiva nacional de que dividir o palanque com Moisés poderia expor Moro e seu slogan anticorrupção ao incômodo caso dos respiradores, que é o calcanhar de Aquiles do governo de SC. A presidência do partido, no entanto, coloca também na balança o fato de ter um governador candidato à reeleição, com a máquina na mão. Hoje, o partido não governa nenhum estado.

O assunto tende a tomar um rumo nesta semana. Paulinho Bornhausen vai a Brasília e tem encontro marcado com a presidente nacional do partido, Renata Abreu. A conversa deverá apontar o que a executiva nacional do Podemos tem em mente para SC. Se a opção for pela filiação de Moisés, há racha em vista.

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