O pontapé inicial de 2022 é desafiador do ponto de vista sanitário, com boa parte do mundo enfrentando as consequências da circulação de novas variantes da Covid-19 e os impactos econômicos e sociais que vêm a reboque. No Brasil, além do pacote trazido pela pandemia e da crise econômica persistente, entraremos em um ano eleitoral especialmente difícil.

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Há ânimos acirrados, discursos afiados, e elas – as redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes, que assumirá o comando do TSE, tem falado em tolerância zero para os espalhadores de fake news no período eleitoral. Mas até as pedras da rua já sabem que a desinformação será usada como arma em 2022, e ela pode provocar graves danos à estabilidade democrática.

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O jornalismo profissional e as agências de checagem serão instrumentos fundamentais de contenção. Ocorre que, para a imprensa, o ano que se apresenta também traz um prenúncio de dificuldades. Em 2021, o Brasil entrou pela primeira vez na chamada “zona vermelha” de risco à liberdade de imprensa – um indicador preocupante.

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Os ataques virtuais e agressões físicas são cada vez mais frequentes e perigosos. A truculência, o desrespeito e a divulgação de fake news como tentativa de atacar e desacreditar jornalistas é uma prática difundida muito além das fronteiras de Brasília, e em diversos níveis de poder. Até agora, o assunto ainda não mereceu a atenção devida das instituições, com exceção de algumas ações pontuais e notas de repúdio.

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Não há democracia sem imprensa livre, e não há jornalismo onde os jornalistas não podem chegar porque estão sob risco. Este será um debate fundamental no ano que começa.

Está claro que 2022 é o ano em que nossa democracia será testada. É quando os pesos e contrapesos que sustentam a estabilidade democrática, e que agiram com mais ou menos efetividade ao longo dos últimos anos, precisarão funcionar.

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