A mais antiga casa ainda em pé na Avenida Atlântica, o endereço mais valorizado de Balneário Camboriú, está com os dias contados. Negociada pelos herdeiros, será demolida. Em seu lugar será construído um novo edifício. A ordem para demolição foi autorizada pela prefeitura em janeiro, mas só será executada quando finalizar o trâmite de aprovação do projeto.

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Ao longo dos anos, a “casinha” ganhou status de atrativo turístico informal em Balneário Camboriú. Embora ainda restem pelo menos mais dois sobrados unifamiliares na Avenida Atlântica, são construções modernas e luxuosas. Nenhuma outra tem o mesmo jeito de “casa da vovó´”. Uma ilha de madeira branca e vermelha, cercada de prédios por todos os lados. Ou quase. Sobrou, à frente, a vista privilegiada para a orla – um luxo que tem preço. E um preço alto.

Conhecida como a terra dos arranha-céus, a cidade que ostenta os prédios residenciais mais altos do Brasil também figura, há mais de um ano, no topo do ranking dos imóveis com o metro quadrado mais caro do país. Os terrenos, cada vez mais raros, são disputados pelos investidores.

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Constantemente assediada por construtoras e corretores de imóveis, a família Macedo, de Itajaí, que é proprietária da casa, viu os prédios se proliferarem ao redor e resistiu bravamente por 50 anos. Até que acabou convencida por uma oferta de permuta, ainda no ano passado.

O patriarca, Lio Cesar de Macedo, comprou o imóvel para veraneio em 5 de novembro 1973 – data que João Macedo Neto, um dos herdeiros, faz questão de lembrar. A casa havia sido construída em 1956.

– Temos excelentes lembranças, memórias que vamos cultivar. A casa foi muito bem aproveitada – diz.

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O edifício que será erguido no lugar da casa terá 12 andares – mais baixo que o padrão de Balneário Camboriú devido às dimensões do terreno e às regras de recuo. Serão sete andares de apartamentos, e os demais para garagens e área de lazer.

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