Um levantamento do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau, feito entre os dias 24 e 26 de março, aponta que 9,5% dos trabalhadores do setor de turismo foram demitidos durante a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. A pesquisa envolveu as empresas associadas à entidade, e inclui de hotéis a restaurantes.

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A solução encontrada pela maior parte dos empreendedores foi férias. Quase 80% dos trabalhadores estão nessa situação.

A entidade também questionou os associados sobre demissões futuras. Entre os empresários ouvidos, 52,9% informaram que pretendem dispensar empregados nas próximas semanas ou meses. Outros 22% avaliam o cenário, e 24,5% não farão demissões em seus negócios.

– As medidas governamentais para ajuda às empresas do setor são tímidas e lentas. Este panorama pode afetar a decisão das empresas que ainda estão analisando o cenário e, pela falta de apoio rápido e contundente as novas demissões, poderão acontecer em maior número do que pensado em um primeiro momento – avalia a presidente do Convention Bureau, Margot Liborio.

Suspensão de pagamentos

Nesta quarta-feira (1º), o o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira em Santa Catarina (ABIH-SC), Osmar Vailatti, disse à coluna que suspensão do pagamentos de salários por até quatro meses é uma opção “quase certa” no setor de hospedagem no Estado. Sindicatos patronais e dos empregados do setor hoteleiro negociam os termos de um acordo para enfrentar a crise causada pela pandemia.

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A autorização para não pagar salários por quatro meses fazia parte de uma Medida Provisória editada na semana passada pelo governo federal, que acabou retirada depois de causar polêmica. Mas a Confederação Nacional do Turismo (CNTur) emitiu uma orientação a sindicatos do setor para que coloquem a suspensão de salários na convenção coletiva de trabalho – o que inclui os hotéis. A medida já foi adotada, por exemplo, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e Região (Sinthoresp).

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