Em mais um capítulo da disputa judicial entre o fundador da construtora Pasqualotto, Lindomar Pasqualotto, e o filho, o empresário Alcino Pasqualotto, que presidiu as empresas do grupo desde 2016, o caso agora foi parar na Vara Criminal de Itapema. A construtora é uma das maiores de SC no mercado de luxo, responsável por obras como o icônico Yachthouse by Pininfarina, em Balneário Camboriú, que está na lista dos maiores prédios da América Latina.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

A defesa de Alcino registrou uma queixa-crime contra Lindomar em razão de uma publicação nas redes sociais. O empresário fez acusações ao filho, falando em atraso na entrega de imóveis e um suposto “golpe no mercado imobiliário”. Alcino respondeu com outra postagem, dizendo que todos os compromissos do grupo estão sendo cumpridos e que ele é alvo de falsas acusações.

Na queixa-crime, protocolada na terça-feira (14), a defesa de Alcino pede a condenação de Lindomar por difamação. O processo inclui um histórico das relações conturbadas entre pai e filho, fala da saúde fiscal e financeira dos negócios, e relata que há uma investigação em andamento na Polícia Civil por suposta tentativa de “extorsão” na disputa societária.

A disputa familiar de milhões pela construtora do “prédio do Neymar” em Balneário Camboriú

Continua depois da publicidade

Afastamento

Em outubro, a Justiça afastou Alcino da presidência das empresas do grupo em uma ação movida pelo pai e o irmão. Ele foi reconduzido ao cargo dias depois por decisão do Tribunal de Justiça – exceto por uma das construtoras, em que é sócio do irmão com usufruto de Lindomar. Há poucas semanas, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal arquivaram denúncias feitas pelo pai contra a administração do filho.

O advogado Mathaus Agacci, que representa Alcino Pasqualotto, não comenta a queixa-crime apresentada à Justiça. O advogado Luís Irapuan Campelo Bessa Neto, que representa Lindomar Pasqualotto, diz que a defesa ainda não tem conhecimento do processo e, por isso, não pode se manifestar.