A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de SC aumentou a pena de dois homens condenados pelo latrocínio – roubo seguido de morte – do oceanógrafo Willian Gardelin. O crime ocorreu no réveillon de 2017, em Balneário Camboriú.
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Eles estavam acompanhados por um adolescente, que assumiu ter feito os disparos que causaram a morte de Willian. Receberam, inicialmente, pena de 14 anos e oito meses de prisão por latrocínio e corrupção de menores. Mas os desembargadores consideraram que o julgamento de 1º grau errou ao considerar que eles tiveram uma menor participação no crime, já que não atiraram.
O desembargador Antônio Zoldan da Veiga, relator da apelação, considerou que "o agente que atua ativamente na prática do delito patrimonial e tem conhecimento do porte de arma de fogo de seu comparsa é considerado coautor do delito de latrocínio". Ele estendeu a pena final para 20 anos de prisão mais 10 dias-multa, e foi acompanhado pelos demais desembargadores na decisão.
O relator do caso também descartou um pedido da defesa para que o crime não fosse considerado latrocínio, uma vez que os criminosos não conseguiram levar o celular da vítima
Relembre o caso
Segundo denúncia do MPSC, os réus e o jovem cruzaram com a vítima no Centro de Balneário Camboriú, anunciaram o assalto, tomaram o celular e fugiram. Um dos assaltantes foi perseguido pela vítima, que chegou a alcançá-lo e reaver seu telefone.
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Os dois outros comparsas retornaram, e o adolescente atirou duas vezes contra o oceanógrafo.
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