Representantes do Banco Mundial estiveram ontem em SC para conhecer detalhes técnicos da proposta de mobilidade para interligar as cidades da foz do Rio Itajaí-Açu. Não é um projeto comum: a ideia é que a região seja uma das primeiras no mundo a oferecer transporte coletivo 100% elétrico, com investimentos que chegam a R$ 400 milhões.

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A proposta, desenvolvida pelo projeto InovAmfri, inclui as 11 cidades que fazem parte da Associação dos Municípios da Foz do Itajaí-Açu. Em janeiro o prefeito de Balneário Camboriú, Fabricio Oliveira (PSB), que preside a Associação, esteve em Brasília com Paul Procee, coordenador de Operações de Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial, que se interessou pelo modelo.

Ontem, o objetivo dos representantes do banco, que vieram de Washington (EUA) e da International Finance Corporation (IFC), que tem base no Rio de Janeiro, foi esclarecer questões técnicas e iniciar o acordo de cooperação. Entre os R$ 400 milhões de investimentos necessários, R$ 250 milhões serão públicos, para infraestrutura, e o restante privado. A ideia é que a operação ocorra por meio de parceria público-privada.

Entre as obras necessárias, há desapropriação de áreas para a instalação de corredores de ônibus e a construção de uma ponte sobre o Rio Itajaí-Açu para interligar Itajaí e Navegantes. Projeto semelhante está sendo colocado em prática em Amsterdã, na Holanda, que terá transporte 100% elétrico até 2025.

Até quatro anos

O projeto de transporte integrado foi ontem apresentado também ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino. Os representantes do Banco Mundial participaram da reunião. João Luis Demantova, gerente do projeto InovAmfri, espera que a resposta do banco sobre o pedido de financiamento saia em 30 dias. A expectativa é lançar a licitação do transporte integrado no primeiro semestre do ano que vem, e a conclusão de todas as obras deve demorar de três a quatro anos.

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