A confirmação do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de que há um pedido de transferência das operações do Porto de Itajaí da Mada Araújo Asset Management Ltda para a JBS, agitou o mercado – e causou uma série de informações desencontradas sobre a atuação da gigante brasileira do setor de alimentos à frente do terminal em SC.

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A JBS assumirá, por meio da subsidiária Seara, o contrato de arrendamento provisório do porto, que tem prazo de dois anos. É uma espécie de “contrato tampão”, autorizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para que o terminal não fique à deriva até que seja concluído o leilão de concessão do Porto de Itajaí, previsto para 2025.

A Seara deve iniciar as operações no porto entre julho e gosto. Também no segundo semestre, o governo federal pretende lançar o edital definitivo de concessão do Porto de Itajaí, com prazo de 34 anos, prorrogáveis pelo mesmo período. Serão dois processos em paralelo.

Ministro confirma que JBS assumirá operações do Porto de Itajaí

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Ou seja, a JBS não assumirá definitivamente o porto, mas vai operar até que a nova concessão seja concluída. De acordo com as regras, a empresa poderá concorrer com outras interessadas no edital definitivo.

Sem movimentação

O Porto de Itajaí não recebe contêineres – o filé da movimentação portuária – desde o final de 2022, quando encerrou o contrato de arrendamento com a APM Terminals. O Ministério da Infraestrutura, na época tocado pelo hoje governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, não conseguiu concluir a tempo o processo de concessão para evitar a falta de operador.

Foi o primeiro de uma série de erros que deixaram o porto inoperante. No fim do ano passado, a Antaq declarou a Mada Araújo vencedora de um conturbado edital de concessão temporária – mas a empresa até agora não conseguiu retomar as operações,  e vinha sendo pressionada a encontrar uma solução.