Uma publicação no perfil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nas redes sociais atraiu uma onda de comentários – alguns deles, agressivos – ao usar a linguagem neutra para lembrar o Dia do Orgulho LGBTQIA+. A mensagem que provocou a patrulha digital conservadora diz que “O direito de amar é de todes”.

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Uma parte dos comentários que criticam a postagem faz referência à lei estadual, sancionada pelo governador Carlos Moisés (PSL), que proíbe o uso de linguagem neutra em Santa Catarina. Ocorre que a legislação diz respeito ao ambiente escolar e a documentos oficiais da administração estadual – critérios que não se aplicam a um post do Judiciário em rede social.

Alguns usuários da rede social reclamaram quanto à dispensa da norma culta da Língua Portuguesa na postagem. Esses comentários foram respondidos pelo TJSC:

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“A expressão todes é própria da linguagem informal e neutra. E de nenhuma forma substitui a linguagem culta. Trata-se de uma rede social e é uma maneira de, neste dia, refletirmos sobre a importância da inclusão e do respeito com todas as identidades de gênero e com as pessoas que não se identificam com gênero nenhum”.

Publicação do TJSC
Publicação do TJSC (Foto: Reprodução)

Mas também houve alguns comentários que foram manifestações explícitas de preconceito, como este:

Comentário em publicação do TJSC
Comentário em publicação do TJSC (Foto: Reprodução)

Por outro lado, muita gente defendeu a publicação e celebrou a homenagem.

Comentário em publicação do TJSC sobre dia do orgulho LGBTQIA+
Comentário em publicação do TJSC sobre dia do orgulho LGBTQIA+ (Foto: Reprodução)
Usuário celebra publicação do TJSC
Usuário celebra publicação do TJSC (Foto: Reprodução)

O dia 28 de junho é celebrado como Dia do Orgulho LGBTQIA+ em referência a uma abordagem violenta da polícia, em 1969 no bar Stonewall Inn, em Nova York. Durante décadas, gays eram proibidos de e reunirem em locais públicos na cidade. A data ficou marcada como um dia de luta contra o preconceito.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina mantém um Grupo de Trabalho para discutir diversidades, que tem como objetivo o combate à discriminação, ao preconceito e expressões de desigualdade de raça, gênero condição física, orientação sexual e religiosa. 

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