Moradores dos estados do Paraná e São Paulo receberam neste sábado (24) em seus celulares mensagens de SMS com teor eleitoral, pró-Bolsonaro, e anti-democrático, defendendo invasão do Congresso e do STF. O caso está sob investigação no estado vizinho.
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Reportagem do site The Intercept Brasil identificou que o número está ligado a serviços públicos digitais do governo do Paraná, que culpou uma empresa terceirizada com sede em São Paulo. Em parceria com o jornalista Dener Alano, da TV Globo, a coluna apurou que o mesmo número que enviou as mensagens, 28253, também tem registro na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
A mensagem, que foi enviada na madrugada de sábado do número 28253, é a seguinte:
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“Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!! (sic)”
Quando pesquisado no Google o número 28253, remete à página da Alesc. A coluna procurou a Assembleia Legislativa, que informou que não tinha conhecimento sobre o caso e nem sobre a utilização desse número para o envio de mensagens de teor golpista. Em nota, diz que o caso está sendo apurado internamente.
“Na noite deste sábado, 24 de setembro de 2022, a Assembleia Legislativa tomou conhecimento de que mensagem alarmista com teor eleitoral estava sendo difundida por meio de um número de SMS que remetia a páginas do Poder Legislativo catarinense na internet.
A Diretoria de Comunicação Social esclarece que a Assembleia Legislativa não se comunica por SMS e que não é autora e também não autorizou a emissão ou divulgação de quaisquer mensagens de cunho eleitoral e/ou de desrespeito às leis e à ordem.
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Comunica ainda que todas as providências legais estão sendo tomadas para identificar e punir os responsáveis”.
Os disparos de mensagens em massa são proibidos pela Justiça Eleitoral. Nesse caso, a apuração do The Intercept Brasil apontou para um possível repasse de dados de usuários de serviços públicos no Paraná a campanhas eleitorais – o que também é proibido por lei.
Ainda não está claro como o mesmo número possa ser usado por dois estados diferentes. Uma das hipóteses levantadas, extraoficialmente, é que na Alesc se trate de um ramal fixo ligado ao serviço de Ouvidoria.
