Uma tecnologia usada em grandes obras de engenharia virou nova aposta na construção civil em Santa Catarina. Um tipo de material mais resistente à tração, o concreto protendido, virou alternativa para reduzir a quantidade de vigas em até 70% e aumentar a amplitude dos espaços nos empreendimentos de alto padrão.
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Em comparação com o material convencional, a tecnologia aumenta a produtividade, reduz o tempo de obra e diminui a ocorrência de fissuras e rachaduras, além de aumentar os vãos entre os pilares.
– Este método permite que os empreendimentos sejam construídos com 50% a 70% a menos de vigas, o que torna as plantas mais versáteis, possibilitando mais vagas de garagem e maior área de manobra, além de resultar em melhor isolamento acústico entre os pavimentos. Até mesmo a alteração ou reforma do próprio apartamento fica mais fácil. Isso torna os projetos mais modernos e confortáveis, o que atrai cada vez mais os clientes e valoriza os imóveis – diz Kátia Nascimento, diretora comercial da Conrado Empreendimentos.
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A construtora foi uma das primeiras a adotar a técnica. Um dos lançamentos da Conrado, o Pallazo Reale, em Balneário Perequê, Porto Belo, será construído com laje protendida. Os apartamentos terão cômodos mais amplos, ambientes mais flexíveis e serão mais arejados pela redução significativa dos pilares que ficariam aparentes.
O concreto protendido surgiu na Europa e EUA e chegou ao Brasil por volta de 1949 com a construção da ponte do Galeão, no Rio de Janeiro. Outras grandes obras no país foram construídas com esta tecnologia, como o MASP, Museu de Arte de São Paulo, e a Ponte Rio Niterói, também no Rio de Janeiro. No entanto, a técnica ainda não é amplamente empregada, mas agora desponta como uma das tendências da construção civil para 2024.
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– As empresas do setor buscam novas alternativas e inovações para garantir mais qualidade e eficiência em cada projeto. Com o concreto normal, por exemplo, são necessários, no mínimo, 28 dias de escoramentos, no protendido são apenas cinco. Além disso, esta tecnologia reduz o consumo de madeiras durante a construção e, consequentemente, a produção de resíduos, o que torna a obra mais sustentável, e sustentabilidade é outro elemento cada vez mais trabalhado pelas construtoras – afirma Kátia.
A expansão e fortalecimento do mercado imobiliário de Santa Catarina, especialmente do Litoral Norte, têm estimulado a “corrida” por novas tecnologias para construir de forma mais econômica, eficiente e sustentável.
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Recentemente, a construtora FG, de Balneário Camboriú, divulgou que a aposta em novas tecnologias construtivas acelerou em 18 meses a entrega do Skyline Tower, prédio de 130 metros de altura e 37 pavimentos.