O Tribunal de Conrtas da União (TCU) encaminhou à reitoria da Universidade Federal de Santra Catarina (UFSC) um comunicado informando ter julgado improcedente e arquivado a representação que envolvia o programa Universidade Aberta do Brasil (UBA).

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O informe é assinado pelo diretor da Unidade de Auditoria Especializada em Educação, Cultura, Esporte e Direitos Humanos, Leandro Santos de Brum. Nele, informa que estavam em análises denúncias sobre suposto superfaturamento no aluguel de veículos para execução do programa Universidade Aberta – o que não ficou comprovado.

A decisão do TCU traz uma nova luz sobre as apurações da Operação Ouvidos Moucos, conduzida pela Polícia Federal, que também tinha como foco o programa Universidade Aberta do Brasil. Chamativa e espetaculosa, mas pouco consistente, a operação levou à prisão o então reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. Abalado, ele cometeu suicídio 18 dias depois.

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A PF apurava um suposto “desvio de R$ 80 milhões” – valor que mais tarde se mostrou descabido. As suspeitas que recaíam sobre o reitor eram de obstruir as investigações. Nos relatos que fez aos amigos mais próximos sobre as horas que passou na prisão, Cancellier contou que foi algemado, interrogado, despido. Um dia e meio depois, deixou a prisão proibido de colocar os pés na universidade. A operação foi conduzida pela delegada Érika Marena, que integrou a Operação Lava Jato.

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Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração pública de reparação ao receber reitores das universidades e institutos federais de todo o país em Brasília.

-Faz cinco anos e quatro meses que esse homem se matou pela pressão de uma polícia ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas, que condenaram as pessoas antes de investigar e de julgar – disse o presidente.