Em vias de enfrentar a segunda etapa do processo de cassação, desta vez no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, o senador Jorge Seif (PL) tem preocupado aliados com a adoção de uma espécie de “tática suicida” de sobrevivência.

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Depois de um período de calmaria, em que evitou os embates mais truculentos, o senador catarinense tem esticado a corda e pesado a mão nas críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal ao longo das últimas semanas. Um exemplo foi ter se envolvido pessoalmente na campanha pela aprovação da PEC que reduz as prerrogativas do STF.

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Seif passou a publicar uma série de críticas ao Supremo nas redes sociais. As postagens vão desde exposição de índices de rejeição dos ministros até pressão por temas como descriminalização do aborto, que sequer está na pauta de julgamentos a médio prazo. Mais recentemente, passou a “cutucar” a indicação de Flávio Dino à vaga de Rosa Weber. A escolha do ministro da Justiça tem sido criticada de forma geral pela oposição, mas Seif tem se destacado por uma postura mais provocadora.

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Logo após o anúncio da indicação de Lula, o senador publicou a seguinte mensagem nas redes sociais: “Sonhar não custa nada! Vem Dino, vem! Será o primeiro indicado ao STF a ser REJEITADO! Vai ser lindo!”

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Os “cutucões” fazem parte da atividade da oposição, Mas até mesmo aliados mais próximos de Jorge Seif em SC avaliam que se trata de uma “tática suicida” para quem precisará da bênção dos ministros do STF que integram o TSE em Brasília para permanecer no cargo. A análise é que Seif pode ser vítima da própria imperícia e do excesso de combatividade. 

A expectativa é que a ação chegue ao TSE no início de 2024, e que seja analisada em plenário por volta de abril do ano que vem. Nos corredores de Brasília, as informações que correm são que, diferente do resultado que teve em Santa Catarina, onde foi absolvido por sete votos a zero no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no TSE Seif deverá ter o mandato cassado por abuso de poder econômico. O julgamento seguiria a mesma linha do ex-prefeito de Brusque, Ari Vequi, que foi cassado em circunstâncias parecidas.

O processo foi movido pela coligação Bora Trabalhar (PSD, Patriota e União Brasil), e tem sido articulado em Brasília pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

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