O leilão dos seis lotes na orla da Praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, terminou na manhã desta sexta-feira, em Florianópolis, sem arrematante. Durante a semana, dois investidores dos Estados Unidos haviam demonstrado interesse na área, além de possíveis compradores de São Paulo. Mas a situação ambiental da praia segurou as ofertas na opinião do leiloeiro oficial, Eduardo de Werk.
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O próprio edital de leilão alertava se tratar de área de preservação. Taquarinhas integra a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, cujo plano de manejo – que indicará o que, e onde, se pode construir – ainda está em fase de discussão. Além disso, o prefeito Fabrício Oliveira emitiu um decreto que tornou a área de interesse público, e reiterou, na quinta-feira, que não abre mão de criar em Taquarinhas um parque ambiental.
A praia também é alvo de um projeto de lei do deputado Ivan Naatz (PV), que corre na Assembleia Legislativa. A proposta é criar no local uma unidade de conservação estadual.
Aparentemente, nenhum investidor estava disposto a pagar pelos terrenos, que tinham lance mínimo de R$ 87,7 milhões, para preservá-los intactos depois. Como a área não foi arrematada, é integrada ao patrimônio da Caixa Econômica Federa – os terrenos eram garantia de um empréstimo bancário.
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O leiloeiro informou que o banco deve insistir na venda, de forma direta. A praia deve ser disponibilizada no site do banco.