A Polícia Federal (PF) transferiu, para prisão não divulgada, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, 32 anos, conhecido como “Minotauro”, que foi preso na segunda-feira em Balneário Camboriú. Segundo a polícia, ele seria um dos líderes de uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas vindas da Bolívia.

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A prisão para onde Quintiliano Neto foi levado é mantida em sigilo, por razões de segurança. Segundo a PF, enquanto permaneceu em SC ele foi mantido sob esquema de segurança “diferenciado”. Informações extraoficiais dão conta de ele teria sido levado ao Mato Grosso do Sul.

Segundo nota divulgada pela polícia, a organização criminosa da qual o suspeito faria parte introduz drogas no Brasil pela fronteira sul do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A PF afirma que ele é suspeito de ser um dos responsáveis pelo assassinato de um policial civil do Mato Grosso do Sul, em março do ano passado, e de ter participação na morte de uma advogada em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em novembro.

O advogado César Castellucci Lima, que representa o preso, afirma que seu cliente "não pertence a organização criminosa e não comanda, nem mesmo parcialmente, o tráfico de drogas, em qualquer lugar que seja". O defensor ressalta, ainda, que ele não ofereceu resistência à prisão.

Quanto aos mandados de prisão expedidos pela Justiça, a defesa diz que se trata de "fatos passados". Em relação às suspeitas apontadas pela PF, que envolvem a morte de uma advogada e um policial, o advogado afirma que seu cliente nega as acusações.

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— Ele não tem qualquer envolvimento com isso — afirma.

Seis meses de investigação

As investigações para localizar e prender Minotauro já duravam cerca de seis meses e fazem parte da Operação Teseu. Ele foi detido em uma operação conjunta entre a PF e o setor de inteligência da Polícia Militar, em um apartamento de alto padrão em Balneário Camboriú.

Havia contra ele dois mandados de prisão expedidos pela Justiça de São Paulo e do Mato Grosso do Sul: um por uso de documento falso e outro por tráfico de drogas.

A polícia não encontrou armas nem drogas no momento da prisão em Santa Catarina. Foram recolhidos telefones celulares, um carro de luxo e mais de US$ 100 mil em dinheiro.