A semana que começou tensa entre PT e PSB em Santa Catarina, e culminou com a suspensão do roteiro de viagem do ex-presidente Lula pelo Estado, se encaminha para o final com a percepção, nos bastidores, de que o PSB sai fortalecido localmente, e de que a pré-candidatura de Dario Berger ganhou fôlego novo na frente ampla.
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A impressão vem tanto de fontes do PSB quanto do próprio PT, que acompanharam à distância as tratativas dos últimos dias. Embora o argumento oficial para suspensão da agenda de Lula tenha sido a falta de um espaço adequado, ganhou peso o pedido do PSB ao PT nacional para apaziguar a situação em Santa Catarina antes do roteiro, e para garantir a presença de Dário Berger na agenda – o senador se recupera de uma cirurgia e não estaria presente.
Lula adia viagem a Santa Catarina
O PSB elencou Santa Catarina como um dos estados prioritários na formação das chapas, e Geraldo Alckmin tem se envolvido pessoalmente nessas tratativas. Ao longo das últimas semanas, ele tem conversado com frequência com o presidente estadual do partido, Claudio Vignatti, e com o senador Dário Berger, avaliando o cenário local.
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O PT nacional avalia que poderia abrir mão de encabeçar chapa em alguns estados – entre eles Santa Catarina – em favor do PSB. Em troca, tentará convencer Márcio França a desistir da candidatura ao governo de São Paulo, onde Fernando Haddad lidera as pesquisas, e concorrer ao Senado. É a vontade de Lula – mas, até agora, França resiste em ceder.
Na terça-feira, em uma reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, ficou definido que os dois partidos terão até 15 de junho para ajustar as pré-candidaturas nos estados. Gleisi disse que a intenção é que PT e PSB estejam juntos em todos os estados, para não dividir as candidaturas de centro-esquerda. Onde não houver consenso, a decisão virá “de cima”.
Também na terça-feira, Décio Lima, presidente do PT em Santa Catarina e pré-candidato do partido ao governo, levou Gelson Merísio (Solidariedade) para um almoço com Lula. O gesto foi visto como um aceno à militância que acompanha a movimentação.
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