Uma onda de irresponsabilidade toma conta das praias de Santa Catarina nos últimos dias. Aulas suspensas, comércio fechado e restrição para ir e vir foram vistos, por muita gente, como oportunidade para aproveitar o sol em pleno dia útil. Mas é preciso acordar: isso não são férias.
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As imagens das forças de segurança alertando os banhistas para os riscos, em diversas cidades, mostram que além da pandemia de coronavírus vivemos uma epidemia de desinformação. Autoridades (as responsáveis) e a imprensa mundial falam, há semanas, da importância do isolamento social como única forma de proteger os mais frágeis do novo vírus. Chegou a nossa vez.
Não é um resfriado. Não é uma gripe. É um vírus de transmissão rápida, que, de fato, vai passar por muita gente sem muita complicação. Mas, em outras pessoas, será um caminho curto para a UTI. Estamos falando de idosos, pessoas em tratamento de câncer, hipertensos, diabéticos, e muita gente que ainda nem sabe que tem uma condição de saúde que pode favorecer o agravamento. É uma loteria.
O risco não é apenas o de ficar doente, mas o de servir como propagador da doença. Segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS), cada pessoa contaminada transmite o vírus a 2,5 pessoas. Mesmo que não tenha sintoma algum. Se você não teme pela sua vida, lembre daqueles que ama. Seus pais, avós, tios. Ou então, daquele colega de trabalho que tem a saúde mais frágil. Da moça que te atende na padaria, e tem um bebê de colo. Olhe ao redor.
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Não é apenas uma questão de empatia. Pense no nosso atendimento de saúde. Público e particular. Consegue imaginar o que vai ocorrer se tivermos uma contaminação em massa, com milhares de pessoas buscando auxílio médico ao mesmo tempo?
É precisamente para isso que servem as medidas de isolamento. Mais do que evitar ser contaminado, saiba que, ao abrir mão da liberdade de ir e vir, temporariamente, você está fazendo a sua parte para evitar um colapso no sistema de saúde. É o que acontece, neste momento, na Europa, em países com mais recursos financeiros e humanos do que o nosso Brasil.
A hora é de sair das bolhas, de procurar informações confiáveis, de abandonar as teorias da conspiração. Se há algo de bom nessa crise e nesse drama mundial causado pelo coronavírus, é termos enfim compreendido que não estamos sozinhos. Pelo bem de todos, fique em casa.
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