Um dos mais importantes equipamentos para pesquisas aquáticas do país, o navio Soloncy Moura, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul), aguarda reparos há três anos, inativo e atracado no cais do órgão ambiental, em Itajaí. A última grande expedição da embarcação, que já serviu de apoio a pesquisadores de todo o país, foi para avaliação dos danos que o rompimento da barragem de Mariana (MG) causou à biodiversidade marinho, do Espírito Santo à Bahia.

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A embarcação foi “baixada” por falta de recursos do governo federal para manutenção. O navio é fundamental para reativar as pesquisas de estoque de espécies marinhas – um dado de que depende a gestão da indústria pesqueira.

A coluna questionou por e-mail o ICM-Bio, órgão responsável pelo navio, sobre a manutenção. Em uma semana, não obtivemos qualquer resposta. No site do Ministério do Meio Ambiente, há informações de que os reparos foram incluídos pelo Ibama, no ano passado, como parte de uma compensação ambiental da Petrobras na exploração de petróleo.

A chamada pública para consultoria técnica de acompanhamento do projeto de recuperação terminou no fim de julho. Ainda não há resultado da concorrência publicado, ou previsão de início dos trabalhos.

Extinção

O navio Soloncy Moura poderia ter um papel importante, por exemplo, na confirmação das espécies marinhas ameaçadas de extinção. A chamada “lista vermelha” dos animais em risco é um dos pontos mais questionados pelo setor produtivo.

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