Sem fogos, Florianópolis tem chance de inaugurar “novo Réveillon” no Brasil

Ao anunciar que abrirá mão dos fogos de artifício, Florianópolis tem a oportunidade de inaugurar uma nova fase nas tradicionais festas de Réveillon. É a primeira grande cidade no país a dispensar o show pirotécnico, que – embora celebrado por muitos – se torna cada vez mais polêmico.

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O incômodo que os estampidos causam a idosos, bebês, autistas, entre outros, coloca em xeque a viabilidade de celebrar a chegada do ano novo com alguns minutos de luzes e estouros no céu. São comuns as historias de animais de estimação que se perdem ou morrem na virada de ano, assustados com o barulho. Em 2021, o cão Tobias, do ex-governador Carlos Moisés, morreu na Casa D´Agronômica por causa dos estampidos.

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A indústria tem oferecido como alternativa os chamados fogos silenciosos, que estouram com um som mais baixo e abafado – mas ainda fazem barulho. Para um Reveillón realmente inclusivo e acessível, com a “cara” do Século 21, a solução é o que a prefeitura da Capital se propõe a experimentar: substituir os fogos por outras atrações.

A ideia inicial é um show de drones. No Brasil, eles já foram usados em Santos (SP) na última virada de ano, mas associados aos fogos. Por enquanto, a prefeitura de Florianópolis ainda não encontrou um fornecedor que apresente um espetáculo realmente grandioso – mas segue em busca. Na Ásia e na Europa, os drones têm proporcionado imagens de encher os olhos nas últimas viradas de ano.

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Outra opção é um show ao estilo “dança das águas”, que também está em análise. Ou mesmo concentrar os investimentos em shows musicais. O desafio será convencer hotéis e casas noturnas a abraçarem também a ideia e evitarem os fogos particulares. Para isso, a cidade fará uma campanha de conscientização.

Seja qual for a escolha, todo o Brasil estará de olho em Floripa e nas novidades do Réveillon. Ao abrir mão dos fogos, a Capital tende a ser notícia nacional e impulsionar o turismo com uma virada acessível em uma das paisagens mais bonitas no país.