Incumbido da tarefa de ajudar Jorge Seif e Sérgio Moro a escaparem ilesos dos processos de cassação, o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), conseguiu uma proeza: levou Seif para um encontro tête-à-tête com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.

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A reunião chama atenção porque Alexandre é muito reticente quanto a receber envolvidos nos processos em andamento no Tribunal. Até então, não havia recebido nem os advogados do processo de cassação de Seif. Só que Tarcísio vem estabelecendo pontes importantes com o presidente do TSE.

Neste mês, o governador de São Paulo nomeou um nome próximo de Moraes para chefiar o Ministério Público de São Paulo. Paulo Sérgio de Oliveira e Costa foi o último colocado na lista tríplice enviada a Tarcísio pelo MPSP.

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Tarcísio teria dito a aliados que “não se briga com Moraes; a gente se une a ele”.

O teor da conversa entre o ministro e o senador catarinense, intermediada pelo governador de São Paulo, é um mistério, mas Seif teria saído otimista – e comprometido com a promessa de baixar o tom nas críticas ao Judiciário.

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Além de Tarcísio, no campo político Seif também contou com a ajuda de colegas senadores na articulação para tentar escapar da cassação – do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre, até o líder do governo Lula, senador Jacques Wagner (PT).  

Por trás das articulações estão os interesses tanto do governo – preocupado com uma leitura de “perseguição política” a esta altura – quanto do comando do Legislativo, que mira nas eleições para a Mesa Diretora.