Cobrado por uma postura mais ativa na gestão regionalizada da pandemia – inclusive pelo Ministério Público – o Governo de Santa Catarina pretende subir o tom. Pelo menos, no que diz respeito aos alertas à população sobre o agravamento do cenário no Estado.

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O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, disse à coluna que os catarinenses baixaram a guarda e precisam entender que há uma aceleração dos casos. O recado é de que, mesmo com as reaberturas, as regras de distanciamento social precisavam ter se mantido. André Motta disse que esse alerta será feito pelo Estado de forma mais clara:

– O momento é de aceleração da curva – ressaltou o secretário, que também confirmou que deve vir a público para “remontar o cenário”.

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Os baixos índices de isolamento social, mesmo com o estrangulamento do sistema de saúde em algumas regiões do Estado, apontam que passou da hora do governo voltar a assumir protagonismo nessas ações de enfrentamento, que demandam liderança.

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Com as prefeituras, no entanto, a postura do Estado deve seguir mais elástica. Embora o governo tenha discutido no fim de semana, em reunião que contou com presença remota do governador Carlos Moisés (PSL), as novas medidas restritivas em âmbito estadual, a Secretaria da Saúde ainda aguarda os movimentos que os prefeitos farão esta semana pra definir se toma uma posição mais enérgica.

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O secretário diz que o Estado não pode “impor”, mas que os prefeitos “podem e devem” tomar ações mais restritivas em determinadas situações. Nesta segunda, o secretário acompanhará reunião da Associação dos Municípios da Foz do Itajaí-Açu (Amfri). Na terça será a vez da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Amvi).

A situação preocupa especialmente na Foz, que está há três semanas em nível gravíssimo de risco, de acordo com a classificação do Estado. O sistema hospitalar está sobrecarregado, e o número de óbitos é o maior de Santa Catarina. Mesmo assim, as ações de enfrentamento ainda parecem pouco efetivas, com baixa adesão da população.

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