O índice Fipezap fechou o ano de 2021 com quatro catarinenses entre as 10 cidades com os imóveis mais caros do Brasil, considerando o valor do metro quadrado. O levantamento é feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas em parceria com a Zap+, e considera o preço de imóveis anunciados em 50 municípios brasileiros – incluindo as capitais.
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Na pesquisa de dezembro, publicada neste mês, Balneário Camboriú aparece em 3º lugar, com preço médio de R$ 9.358 por metro quadrado e atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, que lideram a lista.
Itapema vem logo em seguida, em 4º lugar no ranking, com R$ 8.856 o metro quadrado. A cidade do Litoral Norte ultrapassou Brasília desde o último levantamento, em setembro. Florianópolis aparece em 6º lugar (R$ 8.582 por m²) e Itajaí em 8º (R$ 7.909 por m²).
Metro quadrado mais caro do Brasil
1. São Paulo (SP) – R$ 9.708
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2. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 9.650
3. Balneário Camboriú (SC) – R$ 9.358
4. Itapema (SC) – R$ 8.856
5. Brasília (DF) – R$ 8.788
6. Florianópolis (SC) – R$ 8.582
7. Vitória (ES) – R$ 8.562
8. Itajaí (SC) – R$ 7.909
9. Barueri (SP) – R$ 7.748
10. Curitiba (PR) – R$ 7.518
Alta acima da média
Em média, o preço dos imóveis residenciais no Brasil teve alta de 5,29% em 2021, conforme o FipeZap. É o maior reajuste desde 2014, quando o aumento foi de 6,7%.
Em Santa Catarina, os percentuais foram ainda mais expressivos. O Estado concentra os maiores índices de valorização do país ao longo do ano passado: Itajaí teve o melhor resultado, com +23,77%, seguida de Itapema, com 23,57%, e Balneário Camboriu, com +21,21%. As três cidades têm um alto índice de atividade da construção civil e um crescente mercado especializado em investimentos.
– A valorização dos imóveis em 2021 ultrapassou 50% em alguns empreendimentos e na média registramos dados acima dos 30% – diz o empresário Jean Graciola, presidente da FG Empreendimentos, de Balneário Camboriú.
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A construtora ultrapassou em 70% a meta de vendas do ano passado. Somente no último trimestre de 2021, a companhia comercializou 250% a mais do que no mesmo período em 2020.
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De forma geral, o mercado de luxo vem registrando altas cifras de negociação no Brasil e não sentiu os impactos da pandemia. A alta do dólar e os juros mais baixos, em 2020 e 2021, aumentaram o interesse dos investidores por imóveis – o que fez com que as construtoras especializadas acelerassem o ritmo de lançamentos.
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Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis de alto padrão subiram 32% em 2021. A alta demanda começou a ser percebida ao longo de 2020, especialmente a partir do segundo semestre, e seguiu ao longo do todo o ano de 2021.
– Ainda ocasionada pela pandemia, a busca por imóveis de melhor localização e estrutura para um viver bem é intensa. No mercado de melhor padrão, é comum ouvir que “a disponibilidade está pequena”, já que estão sendo vendidas as melhores posições. Mesmo com a alta dos preços por causa da economia volátil atual, e esta demanda histórica, quem pode e quer se mudar, analisa e compra – avalia Patrícia Hartmann, que é gerente comercial da WOA Empreendimentos Imobiliários, em Florianópolis.
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