O número de cirurgias eletivas em Santa Catarina dobrou entre janeiro e maio deste ano. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e foram obtidos com exclusividade pela coluna. No primeiro mês de 2022, foram 8,8 mil procedimentos. O número saltou para 17,3 mil em maio. Com isso, a média mensal de cirurgias programadas saltou para 13,4 mil – o que supera os números de 2019, antes da pandemia de Covid-19, quando a média era de 12,2 mil por mês. 

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O represamento das cirurgias eletivas foi um dos principais efeitos da pandemia sobre o sistema público de saúde. Isso ocorreu porque a prioridade de internação nas UTIs passou a ser dos pacientes com Covid-19. Como exemplo, o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, diz que a média de cirurgas chegou a cair para 7 mil por mês no ano de 2020. Em 2021, este número subiu para pouco mais de 9 mil. 

Apesar do número ainda ter ficado abaixo da necessidade, Santa Catarina foi o Estado que mais realizou cirurgias eletivas em 2021. Foram ao todo 108 mil, mesmo com o recrudescimento da pandemia no período. 

Os procedimentos não são considerados de urgência. Mas não significa que as situações sejam menos graves. Em muitos casos, os pacientes convivem com dores e outras consequências dos problemas de saúde enquanto a cirurgia não vem.

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A perspectiva do Estado é zerar as filas até o fim deste ano. Em junho, o governador Carlos Moisés anunciou a pactuação com as unidades filantrópicas para que o número de procedimentos eletivos salte para 22 mil todos os meses. Para isso, a equipe da SES tem percorrido todas as unidades hospitalares conveniadas com o Estado para compreender os percalços e fornecer auxílio para o aumento da produção. 

Em outra frente, a Secretaria tem realizado um trabalho de depuração da fila de cirurgias. Historicamente variando entre 40 mil e 50 mil pessoas, esse número saltou para 100 mil por conta do enfrentamento à Covid-19. No entanto, há um entendimento de que o dado pode estar defasado. Se um paciente realiza um procedimento em uma unidade particular e não comunica a SES, ele segue na fila. O mesmo pode acontecer com pessoas já falecidas.

Por conta disso, foi criado o programa Saúde Liga, em que profissionais da SES fazem contato com todas as pessoas para saber se elas ainda necessitam do procedimento. Embora o número oficial da fila siga acima de 100 mil, internamente a ação já tem demonstrado resultados e a perspectiva é que haja uma redução automática da fila nos próximos meses. 

Cirurgias por mês em 2022

Janeiro – 8,8 mil

Fevereiro – 11,4 mil

Março – 13,9 mil

Abril – 15,5 mil

Maio – 17,3 mil

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