Uma “nota de alerta” emitida neste domingo (13) pela Secretaria de Estado da Saúde, Superintendência de Vigilância em Saúde e Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) recomenda aos municípios a adoção de novas restrições, além dos decretos estaduais, para conter o novo avanço da pandemia.
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O documento sugere, entre outras medidas, limitação de horários ou fechamento temporário de bares e restaurantes – exceto para delivery – redução de público em shoppings, fechamento de cinemas e de áreas de convivência de condomínios, e suspensão temporária de venda de bebidas alcoólicas em determinados horários (veja abaixo a lista completa de recomendações).
A sugestão de medidas restritivas localizadas é para todas as regiões que estejam no nível de risco gravíssimo há três semanas ou mais, e que apresentem indicadores de alerta como ocupação de leitos de UTI acima de 95%, ou fila de espera por leitos de UTI há mais de sete dias.
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O alerta do Estado traz números que justificam o aumento das restrições. A nota informa, por exemplo, que o registro de novos casos aumentou 19% na última semana, em comparação com a semana anterior. “Em relação a previsão de casos e óbitos por Covid-19 calculada para um período de 10 dias, o modelo de previsão estatístico aplicado indica uma tendência de crescimento na média móvel dos casos para as próximas semanas, superando 26 mil casos novos entre os dias 12 a 21/06, com uma média de 2.600 casos por dia”.
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O texto também informam que a análise de tendência das mortes por região indicam duas em estabilidade – Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte – e seis regiões com tendência de crescimento na quantidade de óbitos: Extremo Oeste, Alto Uruguai Catarinense, Meio Oeste, Oeste, Serra Catarinense e Xanxerê. “As internações (…) permanecem em patamares bastante elevados, com uma maior proporção de internações em pessoas de 40 a 59 anos de idade”.
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Diante do quadro, a “nota de alerta” foi enviada a todos os municípios de Santa Catarina por meio do Cosems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde). Além da adoção de restrições, o texto sugere aceleração do ritmo de vacinação, testagem ampla, identificação de casos suspeitos e rastreamento de contatos.
A sugestão de restrições localizadas mantém o posicionamento do Estado de não adotar restrições gerais – pelo menos por enquanto.
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Veja quais são as medidas restritivas que sugere a Saúde:
1) Promover, incentivar e fiscalizar o uso obrigatório de máscaras de proteção em todos os ambientes coletivos, sejam públicos ou privados.
2) Não permitir o funcionamento ou reduzir o limite de ocupação simultânea de pessoas em atividades que possam provocar aglomerações ou que tenham potencial de se tornarem eventos superespalhadores, como casas noturnas, boates, bailões, pubs, bares com música ao vivo entre outros.
3) Incentivar o adiamento da realização de eventos sociais, como casamentos, aniversários e confraternizações em geral, para um momento de menor risco epidemiológico.
4) Não permitir o funcionamento ou reduzir o limite de ocupação simultânea de pessoas em museus, cinemas, teatros, circos e outras atividades culturais ou de lazer.
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5) Não permitir a utilização de salões de festas e demais espaços de uso coletivo em condomínios e prédios privados para realização de confraternizações e demais eventos sociais.
6) Não permitir a utilização de espaços coletivos, salões de festa, churrasqueiras, quadras de bocha, mesas de sinuca e demais ambientes coletivos, sejam públicos ou privados, para realização de atividade de lazer que possam gerar aglomeração, incluindo os ambientes internos e externos de clubes sociais e esportivos.
7) Reduzir o limite de ocupação simultânea de pessoas em ambientes internos e sem ventilação.
8) Suspender e desestimular o uso de equipamentos de amplificação sonora ou instrumentos musicais, bem como a realização de shows, voz e violão e eventos em geral que possam incentivar aglomerações.
9) Limitar o acesso simultâneo de pessoas nas dependências dos shoppings, centros comerciais, galerias, lojas e demais serviços comerciais, evitando aglomerações e buscando manter um distanciamento físico interpessoal de 1,5m, exceto as que coabitam.
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10) Limitar e restringir a permanência de pessoas em praças e áreas onde há risco potencial de ocorrerem aglomerações.
11) Limitar ou restringir durante alguns dias o horário de funcionamento de serviços de restaurantes, bares e afins, com a finalidade de inibir a prática do “happy hour” e o risco de se transformarem em eventos superespalhadores de COVID-19, respeitando as demais regras sanitárias de funcionamento, inclusive a capacidade de lotação de cada estabelecimento, permitindo o funcionamento em regime de delivery.
12) Restringir a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaços de uso público ou coletivo no período noturno, estendendo-se a vedação para quaisquer estabelecimentos comerciais, como postos de combustíveis, lojas de conveniência, supermercados, mercearias, bares, restaurantes e afins, com a finalidade de reduzir o risco de aglomerações.
13) Promover reforço da fiscalização não somente de aglomerações, mas também em relação ao cumprimento dos protocolos mínimos obrigatórios dos estabelecimentos, ambientes e demais atividades, no sentido de observar o cumprimento das normativas, em diálogo com a população e o empresariado local.
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