Uma iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-Itália com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) pretende trazer a Santa Catarina a fase 3 de testes da vacina italiana contra a Covid-19. A proposta é que a UFSC viabilize os testes, e possa atuar na produção das vacinas no futuro.

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A vacina italiana é desenvolvida por empresas privadas europeias em parceria com o Istituto Nazionale Malattie Infettive Lazzaro Spallanzani, que tem sede em Roma e laboratório na região do Vêneto. Atualmente, o desenvolvimento está na fase 2, quando os testes são feitos em um grupo limitado de voluntários.

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Santa Catarina poderia entrar na última etapa de testes, quando é necessário um número bastante expressivo de aplicações para atestar a eficácia da imunização.

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Na sexta-feira (7), o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, acompanhado do Pró Reitor de Pesquisa e da Diretora da Secretaria de Relações Internacionais da universidade, participou de uma primeira reunião sobre o tema com o deputado Ismael dos Santos (PSD), que é mebro da Comissão de Saúde do Legislativo.

O reitor pediu que seja formalizado um documento com detalhes sobre quais demandas poderiam ser atendidas pela universidade, para que a questão seja discutida com pesquisadores da área.

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O deputado Ismael diz que, diante da instabilidade política do Estado, a proposta já está sendo tocada no âmbito do Legislativo – mas a ideia é que o Governo de Santa Catarina entre no processo. Para o parlamentar, contam a favor de SC a grande quantidade de descendentes de italianos, estimada em 67% da população, e a situação da pandemia no Brasil, com o vírus em alta circulação.

Segundo Diego Mezzogiorno, conselheiro da Câmara Italiana de Comércio e Indústria de Santa Catarina, a vantagem da vacina italiana em relação a outras que estão em desenvolvimento no mundo é a parceria público-privada. Como as pesquisas ocorrem com investimento público, a distribuição, se confirmada, ocorrerá sem fins lucrativos e com custo estimado mais baixo do que o das vacinas comerciais.

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A Itália pretende iniciar a imunização em massa em janeiro do ano que vem.

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