Prospecções em andamento, feitas por empresas como Petrobras, Shell e Chevron, podem trazer uma nova fronteira de ganhos para Santa Catarina com a exploração de petróleo. As petroleiras, que adquiriram blocos de exploração em 2023, estão em busca de grandes reservas de petróleo que podem estar a muitos metros de profundidade na Bacia de Pelotas, que abrange o litoral gaúcho e o Litoral de Sul de SC, abaixo de Forianópolis.
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
Se as expectativas se confirmarem, o Brasil pode estar diante de um sucessor para o pré-sal. O que anima os pesquisadores é uma descoberta de grandes reservas na costa da Namíbia, no continente africano, que têm previsão de produzir 13 bilhões de barris de petróleo. Esses poços estão em uma camada muito antiga de rochas, com cerca de 180 milhões de anos, que datam de um período em que o continente americano estava “colado”, literalmente, na África.
Essa junção antiga faz com que a Bacia de Pelotas tenha, em suas camadas mais profundas, a mesma formação geológica da costa da Namíbia.
SC revisa para cima previsão de recursos dos royalties do petróleo
Continua depois da publicidade
A Bacia de Pelotas já chegou a ser prospectda no passado, mas com perfurações mais superficiais – e nunca trouxe resultados relevantes do ponto de vista de volume. A “estrela” da exploração de petróleo e gás é hoje a Bacia de Santos, que também abrange o Litoral de Santa Catarina. Vale lembrar que o Estado passou 30 anos em uma disputa judicial no STF pra receber royalties que foram parar, indevidamente, em São Paulo e no Paraná.
Em entevista recente ao O Globo, o geólgo Pedro Zalan disse que a estimativa é que as reservas na Bacia de Pelotas possam chegar a 15 bilhões de barris, o que pode resolver para o Brasil o impasse com o declínio da exploração do pré-sal num – o pico é previsto para 2030, quando a produção começará a decair. É também uma solução com menos impacto, do ponto de vista ambiental, do que a expleração de petróleo na Amazônia.
ANP terá que dizer quanto Paraná e São Paulo devem a SC por exploração de petróleo
As expectativas, no entanto, são a longo prazo. As prospecções e a fase de liciamentos devem levar pelo menos uma década. Mas podem trazer um ganho econômico substancial a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul pelos próximos anos.
Leia também
Guardas de Balneário Camboriú são condenados por torturar homem com deficiência
Presidente da OAB de SC responde “gafe” do Burger King comendo McDonald`s