O número de mulheres na profissão de corretor de imóveis tem crescido no Brasil, e a tendência é ultrapassar a quantidade de homens nos próximos anos. A avaliação é do IBREP, que que oferece o curso de Técnico em Transações Imobiliárias, onde a presença feminina tem sido cada vez mais constante.

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A profissão está em alta graças ao aquecimento do mercado imobiliário no Brasil. Em Santa Catarina, onde a valorização dos imóveis chega a ultrapassar 20% ao ano, tem se tornado cada vez mais atrativa. Atualmente, o país tem mais de 500 mil profissionais habilitados, dos quais cerca de 40% são mulheres, segundo pesquisa DataZap.

Dois fatores têm sido fundamentais para atrair mais mulheres: o salário, que pode alcançar R$ 15 mil, mais do que 10 vezes do rendimento mensal médio da população brasileira, e a flexibilidade de horários – o que é um diferencial para as mulheres, que ainda assumem mais tarefas na gestão da família, da casa, e da criação dos filhos. Este é um ponto que vem sendo muito debatido, sobre as múltiplas jornadas femininas. Mas a solução está longe de ser alcançada.

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– Durante décadas os homens predominaram como profissionais do mercado imobiliário, mas observamos nos últimos tempos uma maior procura por parte das mulheres e acreditamos que em alguns anos elas podem até ser maioria no setor. Como os horários de trabalho de um corretor de imóveis costumam ser flexíveis, ele tende a se adaptar melhor na rotina de pessoas que precisam dar conta de jornadas duplas e até triplas – diz o CEO do IBREP, Diogo Martins.

Além disso, segundo ele, a remuneração de um profissional da corretagem pode alcançar valores bem atrativo – e não há um teto, já que o pagamento é sobre  percentual de vendas.

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– Levantamento do IBGE demonstrou que a maioria da população vive hoje com salários que não chegam a R$ 2,5 mil. É possível sim garantir ganhos muito mais elevados do que essa média com a profissão de corretor, porém, apesar de horários flexíveis, a profissionalização, a dedicação diária, a organização, o planejamento, a visão estratégica de mercado e os estudos constantes são fundamentais para atingir rendas atrativas – diz Martins..

Mickelly Oliveira é uma das ex-alunas do IBREP que tem se destacado no segmento. Corretora atuante em Curitiba (PR), iniciou a sua trajetória durante a pandemia e superou desafios até se tornar uma profissional de renome.

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– Desde quando comecei, com muita dedicação, já vendi mais de R$ 30 milhões. A transação mais impressionante foi a venda de um imóvel de R$ 12 milhões.

Brenda Ferrari, de Florianópolis (SC), se matriculou no IBREP em 2020, durante a pandemia, com a perspectiva de atuar em uma nova carreira. Após a conclusão do curso, começou a trabalhar na área e já vendeu mais de R$ 5,8 milhões em imóveis. Apesar da evolução do setor, Brenda destaca que é necessário empenho diário, que ainda é um mercado um tanto machista e que esse foi um grande desafio a ser superado.

 – Por mais que comprove ter conhecimento, entendimento e postura, ainda é desafiador ‘quebrar’ esse estereótipo de que o corretor, para ser bom, tem que ser homem e mais velho. É um trabalho no qual preciso me portar com mais firmeza, mas vejo que, com a própria tecnologia e ferramentas digitais, essa barreira está cada vez menor e as mulheres estão sim conquistando seu lugar no mercado imobiliário.

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