É um escândalo a informação trazida pelo colega Anderson Silva, de que a saída precoce do delegado Akira Sato do comando da Polícia Civil de Santa Catarina ocorre por uma tentativa de interferência na corporação por parte do governo Moisés. Apesar do silêncio do delegado sobre as informações que vieram à tona, o episódio lembra as denúncias feitas pelo ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, que deixou o governo Bolsonaro em abril do ano passado denunciando tentativa do presidente da República de interferir na Polícia Federal.
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O presidente Jair Bolsonaro queria, segundo Moro, trocar peças-chave para proteger familiares de investigações. O caso virou inquérito no Supremo, mas não impediu que o aparelhamento da PF continuasse a ser executado com sucesso pelo bolsonarismo em Brasília.
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O aparelhamento dos órgãos de Estado é nefasto porque tapeia a sociedade com a ilusão da “não corrupção”, um excelente ativo eleitoral, que qualquer político gostaria de levar às urnas. A conta é simples: não há corruptos onde não se procura por eles.
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Confirmada a motivação para a saída de Akira Sato – e fontes na Polícia Civil garantem que sim – algumas perguntas ficam em aberto. Quem pressionou o delegado, e para proteger a quem? O governador Carlos Moisés sabia dessa interferência? Se sabia, o que fez?
O governo deve respostas a esses questionamentos. E, diante do escândalo, Santa Catarina precisa ficar de olhos bem abertos para o que vai na cúpula do poder. Especialmente de quem o fiscaliza.
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