A safra da tainha termina nesta quarta-feira (31), depois de um período conturbado para a pesca industrial. Ao final do período de recursos, 29 embarcações conseguiram autorização do governo federal para as capturas – 18 delas, em Santa Catarina. Na terça-feira, alguns barcos que conseguiram licença tardia ainda não haviam completado a cota e seguiam em alto-mar.

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Avaliação

O coordenador da Câmara do Cerco (modalidade de pesca que inclui a tainha) no Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Agnaldo Hilton dos Santos, diz que o setor fecha a temporada de pesca com a sensação de ter sido injustiçado. A safra industrial da tainha foi suspensa pela Justiça antes de começar, e foi autorizada com um mês de atraso, depois que o governo conseguiu comprovar que há segurança no Sistainha, o sistema de contagem da Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca (SAP).

Como cada barco, desta vez, teve uma cota individual de cerca de 50 toneladas, a tendência é que a safra não ultrapasse o limite estimulado pelo governo. Este ano, a pesca industrial compensou com redução no número de embarcações e na quantidade de peixe liberada o excesso de capturas em 2018.

Observadores de bordo

Novos parâmetros para a próxima safra poderão vir do trabalho dos observadores de bordo, profissionais que foram contratados pelo Ministério da Agricultura para acompanhar de perto o trabalho das embarcações. Ao todo, sete observadores tiveram treinamento custeado pelo governo, feito pelo Instituto Sagres, de Brasília. Três deles eram do Pernambuco, e os demais de Santa Catarina. Com o atraso na liberação da safra, os observadores do Nordeste foram dispensados. Um dos principais pontos do trabalho foi o cruzamento de dados com as anotações de mapas de bordo da tripulação – o que comprova que os registros são fidedignos.

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