Primeiro candidato ao Governo do Estado entrevistado no Jornal do Almoço por Laine Valgas e Raphael Faraco, nesta segunda-feira (12), Gean Loureiro (União Brasil) evitou nacionalizar a eleição. A disputa presidencial só entrou em jogo na sabatina quando ele foi provocado a falar sobre sua adesão ao bolsonarismo.

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“Colar” no presidente Jair Bolsonaro e apostar no “BolsoGean” era uma das estratégias da largada da campanha do ex-prefeito da Capital, impulsionada pelo prefeito de Chapecó, o bolsonarista João Rodrigues (PSD), que coordena a campanha. Mas a ideia encontrou logo alguns obstáculos. A começar pelo congestionamento de candidatos na raia bolsonarista.

O segundo foi o fato de que, ao se alinhar ao discurso de Bolsonaro, Gean desagradou uma parte do seu eleitorado na Grande Florianópolis – o eleitor mais progressista, aquele que aprovou medidas tomadas por ele na gestão da pandemia na Capital que foram na contramão do governo federal.

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Diante do cenário, e em meio ao fogo cruzado entre Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL), Gean entendeu que se beneficia mais procurando nadar ao largo. Na sabatina, usou o tempo que tinha à disposição para falar de si mesmo e para algumas críticas ao atual governo estadual. 

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Significa que continua tentando “beliscar” uma fatia dos bolsonaristas, mas também disputa espaço – e eleitores – com o governador Carlos Moisés (Republicanos). Ambos estão à procura de um voto que não estará, necessariamente, atrelado à eleição nacional. E que pode levar ao segundo turno.