Um levantamento da Seguradora Líder, que administra seguros DPVAT, mostra que o risco de morrer em um acidente de trânsito em Santa Catarina é o dobro da possibilidade de ser vítima de assassinato. Os dados são de 2018, quando o Estado teve 1.537 indenizações pagas pelo seguro obrigatório por mortes no trânsito. No mesmo período, a Secretaria de Estado de Segurança Pública registrou 777 homicídios.
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O trânsito intenso, a falta de infraestrutura e a imprudência dos motoristas estão as causas dos acidentes. A BR-101, por exemplo, principal corredor de cargas de Santa Catarina, tem quatro trechos entre os 100 mais perigosos do país. O pior deles é de São José a Palhoça, na Grande Florianópolis, que hoje ocupa o 11º lugar no país (já foi o 2º). Outro trecho preocupante é o de Penha, o 17º mais perigoso do país, segundo a Arteris Litoral Sul – local por onde passam turistas do Brasil inteiro que visitam o maior parque da América Latina.
Não foi por acaso que o governador Carlos Moisés (PSL) usou o curto tempo que teve com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Camboriú, na quinta-feira, para falar sobre investimentos em rodovias federais que cortam o Estado – citou a BR-470, BR-280 e a BR-282. E ainda há muito o que fazer pelas rodovias estaduais, que em alguns pontos demandam de tapa-buracos a nova iluminação.
Os números mostram que investir em infraestrutura e segurança viária também é investir em vidas.
Ranking
Em tempo: somos o quarto estado no país em número de mortes no trânsito, segundo o levantamento da seguradora. Em primeiro lugar está São Paulo (5.462), seguido de Minas Gerais (4.127) e Paraná (2.712).
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