A distribuição dos partidos no mapa eleitoral de Santa Catarina após as eleições municipais, e a votação expressiva de prefeitos de algumas das principais cidades do Estado, antecipam o cenário que começa a se desenhar para 2026. O PL saiu maior, com quase o dobro do número de prefeituras com que entrou no pleito e o maior número de prefeitos – o que traz ao governador Jorginho Mello (PL) um upgrade de capilaridade eleitoral.

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A principal ameaça, neste momento, é João Rodrigues (PSD). O prefeito de Chapecó reelegeu-se com 83% dos votos válidos e consolidou a liderança no Oeste. Mas a estratégia do PSD foi além. Mesmo com a própria campanha em curso, João Rodrigues viajou o Estado como cabo eleitoral e esteve presente em quase todas as regiões, num ensaio do que pode vir a ser uma candidatura para polarizar com Jorginho nas eleições para o governo do Estado.

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Até então, era especulada a hipótese de uma dobradinha entre Jorginho e João Rodrigues para 2026, com o prefeito de Chapecó disputando o Senado e apoiando a reeleição do governador. O afastamento entre os dois partidos, no entanto, consolidado pela disputa acirrada entre PL e PSD em algumas das principais cidades do Estado, torna esse cenário remoto. As forças políticas ainda têm muito tempo para realinhar – mas a fotografia do momento indica uma polarização à direita.

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Outro nome que sai forte é o do prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), reeleito com mais de 70% dos votos. Adriano é empresário, jovem e de direita – um pacote que tende a agradar o conservador catarinense. Nos bastidores, ele é visto como uma aposta interessante. O problema de Adriano é o Novo, que não tem capilaridade. O que faz com que dependa de costuras políticas para uma candidatura mais robusta.