A assinatura digital do Palácio do Planalto que aparece em seis, dos sete requerimentos apresentados pelo senador Jorginho Mello (PL) à CPI da Covid, é da namorada do advogado da família Bolsonaro, Frederico Wassef. A informação foi publicada nesta sexta-feira (30) pela colunista do jornal O Globo, Malu Gaspar.
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Thais Amaral Moura, que assina digitalmente os pedidos, é assessora especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares da Presidência da República. Wassef representa judicialmente o senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente da República. No ano passado, Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel dele, na cidade de Atibaia (SP).
A procedência dos requerimentos foi revelada pelo jornal o Globo na quinta-feira (29). A assinatura digital da assessoria do Palácio do Planalto consta nos metadados – a ‘impressão digital’ de documentos virtuais.
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À coluna, o senador Jorginho Mello negou que seus requerimentos tenham partido diretamente da presidência da República. Disse que os pedidos partiram de sua própria assessoria.
Além dele, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) também teve cinco requerimentos identificados com a mesma assinatura digital. Os pedidos são para ouvir na CPI pessoas que defendem o uso de cloroquina e que discordam de medidas de lockdown.
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Fontes ouvidas pela coluna disseram que é comum que senadores governistas sejam orientados pelo Palácio do Planalto, mas a ‘assinatura’ do governo em pedidos à CPI é inédita. A situação causou bate-boca na sessão da Comissão nesta quinta. Os requerimentos que levavam o ‘carimbo’ do governo não foram colocados em votação.
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