Na pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, em projeção para o segundo turno, o ex-presidente Lula (PT) ganhou nove pontos percentuais desde março na região Sul, passando de 48% para 57% – foi o maior crescimento entre todas as regiões do país. Bolsonaro caiu de 41% para 35% no conjunto dos três estados, que entregaram alguns dos melhores índices de votação do presidente da República em 2018. A margem de erro, para a região, é de cinco pontos percentuais.

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Somente 6% dos eleitores do Sul afirmaram que, se as eleições fossem hoje, votariam nulo ou em branco. É o menor índice do país, o que aponta para consolidação dos votos entre os dois líderes das pesquisas. A análise apresentada, que cruza os dados com as pesquisas anteriores, é de segundo turno porque há alterações na composição dos candidatos ao primeiro turno, o que impede a comparação.

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Dos três estados da região, as pesquisas internas dos partidos, não oficiais, apontam que Santa Catarina é onde Bolsonaro tem os melhores resultados. Indicadores econômicos como um índice de desemprego mais baixo do que no restante do país ajudam a manter a popularidade do presidente. Apesar disso, Lula estaria próximo de Bolsonaro em SC.

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Os números do Datafolha, que apontam crescimento do ex-presidente Lula e possibilidade de vitória no primeiro turno, mostram que as pautas ideológicas do presidente Jair Bolsonaro, que funcionaram em 2018, encontram dificuldade para captar o eleitor de 2022 diante dos problemas da vida real. Entram nessa conta o descontrole no preço dos combustíveis, a alta no preço dos alimentos e a perda no poder de compra.

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Lula cresce nas pesquisas porque, apesar dos tropeços na largada, o PT tem conseguido falar com quem acha que a vida piorou. A quatro meses das eleições, o presidente Jair Bolsonaro tem pouca margem de manobra para dar uma guinada econômica. Mas tentará reverter as estatísticas.