Dos 122 casos confirmados de coronavírus em Santa Catarina, de acordo com os números divulgados pelo Governo do Estado na quarta-feira (25), 42% se concentram na Grande Florianópolis e na região de Itajaí e Balneário Camboriú – áreas que estão entre de maior densidade populacional no território catarinense.
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São números iguais: 26 casos na Grande Florianópolis, em Canelinha, Rancho Queimado, São José, São Pedro de Alcântara e na Capital. E outros 26 na região da Foz do Itajaí-Açu, em Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Navegantes e Porto Belo.
A cidade que concentra o maior número de casos no Estado é Florianópolis, com 16. Em seguida vem Itajaí, com 12 – a maioria, pessoas que fizeram o mesmo cruzeiro pela Grécia e Itália no início de março.
Grande Florianópolis
•Canelinha – 1
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•Florianópolis – 16
•Rancho Queimado – 2
•São José – 5
•São Pedro de Alcântara – 1
•Tijucas – 1
Foz do Itajaí-Açu
•Balneário Camboriú – 7
•Camboriú – 2
•Itajaí – 12
•Navegantes – 3
•Porto Belo – 2
Maiores centros têm mais casos
A Secretaria de Estado de Saúde ainda não comentou os números. Mas a médica infectologista Sabrina Sabino explicou que a concentração de casos ocorre nos maiores centros, onde há rede de saúde mais preparada e, portanto, mais testagem de pacientes.
– Também mudou o critério de notificação. Se o paciente chega com síndrome respiratória aguda grave, é notificado. Outros casos não vão ser. Por isso é que, nas maiores regiões, acaba tendo mais.
Segundo ela, isso não significa, no entanto, que o vírus circule com mais intensidade nesses locais do que em outras regiões no Estado. A médica alerta que os números devem, ainda, aumentar nos próximos dias.
– Já temos transmissão comunitária. Temos as medidas de contenção, de isolamento, mas as pessoas vão ao mercado, há médicos trabalhando, frentistas. Existe ainda essa transmissão e ela vai persistir por um período.
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A infectologista diz que a decisão do Governo do Estado, de determinar o isolamento social rapidamente, assim que a pandemia se aproximou, deve deixar Santa Catarina numa posição melhor do que São Paulo, por exemplo, em relação ao número de casos. A médica defende a continuidade da quarentena para conter a proliferação do vírus.
Aeroportos
Já o Presidente da Unimed Litoral, o urologista Umberto João D´Avila, diz que a localização dos dois maiores aeroportos do Estado nas duas regiões com mais casos – os aeroportos de Florianópolis e Navegantes – pode explicar o crescimento.
_ Muita gente viaja para a Europa e São Paulo. Com o isolamento que se criou, as pessoas que estavam em férias voltaram e quem tinha viagem marcada não foi – diz.
O médico é favorável à retomada gradativa das atividades pelos mais jovens, abaixo dos 40 anos. Mas defende que o Estado mantenha o que chama de “isolamento migratório” do Estado, para evitar que as pessoas viagem entre Santa Catarina e outros estados do país durante a pandemia.
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