O governo está “cozinhando” uma reforma administrativa – que só não terá este nome porque o governador Jorginho Mello (PL) rejeita o rótulo. Pelo menos cinco secretarias e órgãos devem passar por troca de comando até o final do ano.
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Na última quarta-feira (20), Jorginho reuniu todo o colegiado para uma reunião de ajuste de metas. A análise interna é que há secretários muito bem avaliados, dentro e fora do governo – caso de Cleverson Siewert, da Fazenda, por exemplo. Mas há secretários que não estão correspondendo às expectativas do governador, ou que têm pressão externa para substituição.
Nessa lista está a Casa Civil, o “centro nervoso” do governo. Nas últimas semanas, tem ganhado força nos poderes, em especial na Alesc, no Tribunal de Justiça e no Tribunal de Contas, uma pressão para que o governador substitua o comando da pasta para reforçar a articulação. Há um entendimento de que a pasta precisa de um nome mais experiente.
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O fato é que uma possível saída de Estêner Soratto da Casa Civil é lida nos bastidores como um movimento de ganha-ganha. O secretário, que está de olho na prefeitura de Tubarão, tem se desgastado com as reclamações. Ao deixar a Casa Civil, Soratto assumiria vaga na Alesc, o que pode ajudá-lo na construção do projeto para as eleições de 2026. Tubarão é uma das cidades cobiçadas pelo PL.
O nome mais falado nos bastidores para assumir a Casa Civil é o de Filipe Mello, filho de Jorginho. O governo, por óbvio, mantém silêncio sobre o assunto.
A entrada de Filipe no governo não tem obstáculos legais. Por decisão do Supremo, parentes de primeiro grau de prefeitos e governadores podem assumir cargos de confiança. Em Santa Catarina há casos semelhantes, por exemplo, na prefeitura de Itajaí, em que Thiago Morastoni (Podemos), filho do prefeito Volnei Morastoni (MDB), é secretário de Desenvolvimento Econômico.
A conversa sobre a chegada de Filipe era feita à boca pequena até que o deputado Ivan Naatz (PL) resolveu jogar gasolina no fogo. Defendeu o nome do filho do governador nas redes sociais e jogou um gigantesco holofote sobre o assunto. Naatz escreveu que Filipe “já deveria estar dentro do governo”. Depois de ter agitado os bastidores, a postagem sumiu.
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