A Reforma Administrativa do Governo do Estado, aprovada pela maioria dos deputados na Assembleia Legislativa esta semana, extingue a Coordenadoria da Mulher, que era vinculada à Secretaria de Assistência Social. Responsável por assessorar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à garantia dos direitos da mulher e à igualdade de gêneros, a coordenadoria desaparece do rol de órgãos estaduais no momento em que o Estado enfrenta problemas como o crescimento no número de feminicídios.
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Nesta sexta-feira à tarde, a Secretaria de Assistência Social informou que a coordenadoria será mantida, com o status de gerência – a informação, no entanto, passou "batido" até mesmo pela base do governo durante as discussões da reforma.
Uma emenda, apresentada pela deputada Luciane Carminatti (PT), mantinha a coordenadoria ativa, mas subordinada ao gabinete do governador. A proposta foi rejeitada pelos parlamentares no relatório final.
O assunto voltou à tona então como requerimento em destaque apresentado pela deputada, votado separadamente ao Projeto de Lei Complementar que instituiu a reforma. O líder do governo, deputado Maurício Eskudlark (PR), votou contra, e foi seguido pela maioria dos parlamentares. O resultado foi 21 votos a nove.
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A alegação do bloco governista foi que os números de violência contra a mulher comprovariam que a coordenadoria não estava funcionando. Nesta sexta-feira, a Secretaria de Assistência Social confirmou que, com a mudança da pasta para Secretaria de Desenvolvimento Social, será criada a Diretoria de Direitos Humanos, e dentro dela quatro gerências: Mulher e Direitos Humanos, Pessoa com Deficiência e Idoso, Criança e Juventude, Igualdade Racial e Imigrante.
A informação da secretaria é que, com a alteração, a discussão de políticas públicas ganhará mais relevância.