O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma liminar para suspender o pagamento da verba de equivalência, o reajuste concedido aos procuradores do Estado que resultou no processo de impeachment arquivado contra o governador Carlos Moisés (PSL). O aumento foi considerado legal pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em novembro.
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>Desembargadores decidem que aumento salarial dos procuradores do Estado foi legal
O TCE, no entanto, aponta para o custo da decisão a longo prazo – cerca de R$ 8,5 milhões – e alega risco de prejuízo aos cofres públicos.
> O custo da equiparação entre procuradores do Estado e da Alesc
O pedido de liminar foi protocolado na semana passada pelo TCE, encaminhado ao gabinete do presidente do Supremo, ministro Luiz Fux. Ainda no fim de semana, a Aproesc, associação que representa os procuradores do Estado, respondeu e o Tribunal de Contas encaminhou as contrarrazões.
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A questão levantada pelo TCE diz respeito ao papel de controle externo do órgão, que teria sido preterido pela decisão do Tribunal de Justiça que validou o reajuste. Entre outros aspectos, o Tribunal de Contas alega que a decisão judicial de 2006, que embasou a tese da equiparação salarial, não poderia ser usada como argumento porque o regime de remuneração dos procuradores mudou desde então.
A Aproesc, que teve a tese da legalidade do aumento corroborada pela Tribunal de Justiça, contesta o Tribunal de Contas e alega que a equiparação salarial com os procuradores da Assembleia Legislativa é legítima.
Com a movimentação, os órgãos levam a batalha de versões que permeou o reajuste e desestabilizou a política catarinense até a Suprema Corte. A tendência é que o STF se pronuncie nos próximos dias.
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