O impasse nas relações do governo Jorginho com os militares tem movimentado a “banca de apostas” sobre o nome que poderá assumir o Comando Geral da PM caso se confirme a saída do coronel Aurélio Pelozatto. A substituição é um assunto sensível no governo, que tem encontrado dificuldades em achar o perfil ideal.
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A indicação de Pelozatto foi externa, veio da deputada federal Carla Zambelli (PL). Nos bastidores, a informação é de que o comandante blindou Jorginho de um relacionamento mais próximo com o oficialato nos dois primeiros anos de governo – o que, a esta altura, tornou-se um problema. Faltam oficiais de confiança para o governador.
Nos últimos dias, três nomes passaram a circular como possíveis candidatos a assumir o Comando-Geral. O favorito é o coronel Emerson Fernandes, atual Chefe do Gabinete do Comando-Geral da Polícia Militar. Também estariam no páreo o coronel Jofrey Santos Silva, Comandante de Missões Especiais da PMSC, e o coronel Ricardo Alves da Silva, Comandante da Casa Militar na Alesc.
Jorginho enfrenta crise com a Polícia Militar
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Preferido de Jorginho, coronel Emerson Fernandes tem um currículo de formação extenso, mas não teve experiência operacional no dia a dia dos batalhões – o que coloca Jofrey Santos Silva e Ricardo Alves da Silva no páreo.
Enquanto seguem as especulações, o Comandante-Geral tem feito um movimento para apaziguar a situação e para manter-se no cargo. Nesta semana, Pelozatto reuniu-se com a diretoria da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Santa Catarina (Acors).
Como impasse em grupo de elite ampliou crise do governo com a PM
O comandante fez um balanço da gestão até agora, garantiu que permanecerá no governo, e falou em valorização da PM. Disse o que os oficiais queriam ouvir. As cobranças voltaram à pauta, em especial sobre as mudanças no sistema de aposentadorias, que coloca a caserna dentro do Instituto de Previdência do Estado, o Iprev – até então, a própria corporação tinha controle do sistema.
O encontro rendeu uma foto significativa para o governo, num sinal de sintonia do comandante Pelozatto com os pares. Resta saber se será suficiente para acalmar os ânimos nos batalhões.
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