Que a última praia deserta de Balneário Camboriú tem dono, não é novidade. Desde 2019 todos os terrenos da Praia de Taquarinhas, uma joia intocada na cidade dos arranha-céus, pertencem à Caixa Econômica Federal. O banco aceitou a área, de 597 mil metros quadrados, como garantia de um empréstimo milionário feito por uma gigante do mercado imobiliário em Curitiba (PR), que nunca foi pago. Os terrenos ficaram com a Caixa, e viraram um “pepino” para o banco, já que a área é 100% de preservação permanente.

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Ainda em 2019, a Caixa ofereceu os seis lotes da Praia de Taquarinhas em leilão. O lance inicial era de R$ 120 milhões. Como não apareceram interessados, o leilão foi reaberto – dessa vez, com lance inicial de R$ 87 milhões. A área despertou interesse de investidores dentro e fora do Brasil, mas ninguém se apresentou para oferecer uma proposta. As restrições construtivas dos terrenos afastaram os compradores.

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Cálculos atuais, no entanto, mostram que eles perderam um excelente negócio. O fato de serem área de preservação não impede que os terrenos tenham valorizado – e muito – ao longo dos últimos anos, quando o preço do metro quadrado dos imóveis disparou em Balneário Camboriú e alcançou o primeiro lugar no ranking nacional do mercado imobiliário, com valores astronômicos.

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Fontes do setor dizem que o valor de Taquarinhas, com terrenos cobertos de mata atlântica virgem à beira-mar, é incalculável. Mas, se considerado o custo atual de terrenos na orla de outras praias agrestes na vizinhança, como Estaleiro e Estaleirinho, que também ficam em Balneário Camboriú, a estimativa é que o metro quadrado à beira-mar em Taquarinhas seja avaliado por, no mínimo, R$ 10 mil. Isso significa que os lotes, hoje, valem mais de R$ 5,9 bilhões.

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