A primeira da série de quatro fragatas da Marinha do Brasil que serão produzidas em Santa Catrina começará a ser construída em setembro, em Itajaí. O estaleiro Brasil Sul, que foi comprado pela alemã Thyssenkrupp Marine Systems GmBH (tkMS) , detentora do projeto escolhido pelo governo brasileiro, está em fase de mobilização.
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O navio de guerra levará três anos para ficar pronto – a previsão de entrega é para setembro de 2025. A segunda fragata da flotilha começa a ser construída em 2026, e a última iniciará montagem em 2028. O contrato de trabalho é de 10 anos, com investimento de R$ 9 bilhões.
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Em dezembro, representants da Marinha do Brasil estiveram em Hamburgo, na Alemanha, na sede Thyssenkrupp Marine Systems para assinadura do Marco de Engenharia e Revisao Preliminar do projto das fragatas. Também visitaram, em Bremen, o desenvolvimento do Sistema de Controle de Armas dos navios.
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As embarcações terão alto poder de fogo, sensores e radares de última geração. Entre os armamentos já comprados para instalação nos navios estão quatro canhões italianos OTO Melara 76 mm, avaliados em 30 milhões de euros.
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A expectativa é que uma nova revisão de projeto ocorra em junho, antes do início efetivo da construção das embarcações. O contrato do governo brasileiro com o consórcio prevê transferência de tecnologia com a empresa alemã e utilização de pelo menos um terço de insumos fornecidos pela indústria nacional – o que tem levadoa uma mobilização de potenciais fornecedores.
A estimativa da Marinha é que, no auge da produção, a construção das fragatas mobilize 2 mil empregos diretos e até 6 mil indiretos. A projeção é importante para o setor naval catarinense, que sofreu com o desmonte provocado pela perda de contratos da Petrobras no auge da Operação Lava Jato. Itajaí e Navegantes, que concentram os estaleiros especializados na construção naval offshore, contabilizaram perda de 10 mil vagas de emprego.
Mesmo antes do início da construção das embarcações o consórcio Águas Azuis, responsável pelo projeto, já é o segundo maior arrecadador de ISS de Itajaí. Está à frente de gigantes como BRF e APM Terminals, e só fica atrás de uma empresa do setor de tecnologia.
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