O senador Jorginho Mello (PL) provocou constrangimento na CPI da Covid ao questionar a cientista a respeito de um manifesto de judeus, assinado por ela, que aponta “fortes inclinações nazistas e fascistas” no governo Bolsonaro. A carta, divulgada em maio, tem mais de 200 assinaturas.

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CPI da Pandemia: “Não é Bolsonaro o culpado pelo vírus”, diz Jorginho Mello

Pasternak disse que, como descendente do holocausto, preocupa-se com tendências autoritárias de governo.

“É um manifesto de judeus que estão preocupados com um governo autoritário. Nós, judeus, já passamos por isso antes. A nossa meta como judeus, e como filhos e netos do holocausto, é nunca esquecer. Para que governos autoritários nunca possam colocar em risco a saúde e a vida de suas populações”.

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Jorginho usou seu tempo na CPI, nesta sexta-feira, para acusar os dois convidados – Natália e o médico sanitarista Cláudio Maierovich, da Fiocruz – de terem “lado” político. 

Mais tarde, o senador comentou no Twitter as respostas dos cientistas, a quem acusou de “discursos mais ideológicos” da CPI. 

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“O dia dos discursos mais ideológicos. O dia em que a CPI mostrou a sua real cara, se alguém tinha dúvida. Só faltou gritarem ao final Lula Livre”.

A publicação teve mais de 1,3 mil comentários em uma hora. Boa parte deles criticou o senador pela postura na CPI.

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Jorginho também causou polêmica ao divulgar, em defesa do governo, um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro disse que não compraria vacinas. O senador quis chamar atenção para um trecho da gravação em que Bolsonaro afirma que as vacinas dependeriam de autorização da Anvisa – mas, no mesmo vídeo, o presidente disse que vacinas precisavam de comprovação, “diferente da cloroquina”.

Nas redes sociais, Jorginho Mello foi acusado de dar munição aos opositores do governo.

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